AO NASCER

Vacina BCG (Bacilo Calmette-Guérin)

Vacina indicada para proteção de formas graves de Tuberculose (Meningite Tuberculosa e Tuberculose Miliar). Ela contém bactérias vivas enfraquecidas e deve ser tomada nas primeiras 72 horas após o nascimento ou em situações específicas, como profissionais da saúde expostos ao risco de infecção. Informe-se com seu médico sobre a necessidade de tomar a vacina.

A vacina é aplicada através de injeção no braço direito. Após a aplicação há uma reação no local que cicatriza entre 6 a 10 semanas. Faça acompanhamento com seu pediatra para ver se não há problemas na cicatrização – é necessário que fique uma cicatriz no local da vacinação.

Meningite Tuberculosa

A Meningite Tuberculosa é transmitida por uma bactéria (o chamado “bacilo de Koch”) e é uma das complicações mais graves da Tuberculose. Começa como uma doença leve, porém há casos de convulsões desde o início. Diferentemente das demais meningites, ela progride de forma mais lenta – os primeiros sintomas podem levar de 4 a 12 semanas para se manifestarem -, o que pode dificultar o correto diagnóstico. Ela pode ser dividida da seguinte forma:

  • Estágio I – Em geral, tem duração de 1 a 2 semanas e os sintomas são parecidos com os de outras doenças: febre, dor muscular, sonolência, apatia, irritabilidade, dor de cabeça, falta de apetite, vômitos, dor abdominal e mudanças súbitas do humor. Nessa fase, o paciente encontra-se lúcido e o diagnóstico é feito através de exame do líquido da medula espinhal.
  • Estágio II – Mantém-se os sintomas da fase inicial e aparecem alterações como: estrabismo, alteração dos movimentos e da sensibilidade na face, pálpebra caída, entre outros. Pode haver inflamação no cérebro com aparecimento de tremores nas mãos e nos pés, distúrbios da fala, trejeitos e movimentos involuntários.
  • Estágio III ou período terminal – É a fase em que aparecem deficiências do sistema nervoso central, tais como: rigidez na nuca com a cabeça ficando tracionada para trás; surgem alterações do ritmo do coração e da respiração; a pessoa fica confusa e pode entrar em coma. Em qualquer fase da doença podem surgir convulsões generalizadas ou em determinadas partes do corpo (exemplo: só a mão treme).

Transmissor – O ser humano doente. (Em algumas regiões, o gado bovino doente e, em raras ocasiões, os primatas, as aves e outros.)

Forma de transmissão – A doença é transmitida de pessoa a pessoa através do ar contaminado com gotículas de saliva infectadas após o doente tossir, espirrar e falar.

Período de transmissão – A Meningite Tuberculosa só é transmitida quando está associada à Tuberculose pulmonar e enquanto o paciente ainda não estiver sendo tratado. Após o início do tratamento, a transmissão é reduzida (gradativamente) a níveis insignificantes.

Complicações – A Meningite Tuberculosa é uma complicação da tuberculose. Quanto mais cedo o início do tratamento, menor é a chance de morte ou a ocorrência de sequelas como: aumento do volume da cabeça, retardo mental ou a pessoa ficar endurecida e com a musculatura contraída.

Lembre-se: não se automedique. Sempre procure seu médico. Ele poderá indicar o melhor tratamento para que você recupere sua saúde.

Hepatite B

Vacina indicada para a prevenção da infecção do vírus B da Hepatite. É produzida a partir de técnicas de engenharia genética com a utilização do próprio vírus causador da doença. A vacina está disponível para crianças e adultos, sendo administrada em 3 doses, recebidas da seguinte forma:

Crianças

  • 1ª dose – primeiras horas após o nascimento;
  • 2ª dose – entre 1 e 2 meses de idade;
  • 3ª dose – aos 6 meses de idade.

Adultos

  • 1ª dose – na data escolhida;
  • 2ª dose – 1 mês após a 1ª;
  • 3ª dose – 5 meses após a 2ª.

Doença

A Meningite Tuberculosa é transmitida por uma bactéria (o chamado “bacilo de Koch”) e é uma das complicações mais graves da Tuberculose. Começa como uma doença leve, porém há casos de convulsões desde o início. Diferentemente das demais meningites, ela progride de forma mais lenta – os primeiros sintomas podem levar de 4 a 12 semanas para se manifestarem -, o que pode dificultar o correto diagnóstico. Ela pode ser dividida da seguinte forma:

  • Estágio I – Em geral, tem duração de 1 a 2 semanas e os sintomas são parecidos com os de outras doenças: febre, dor muscular, sonolência, apatia, irritabilidade, dor de cabeça, falta de apetite, vômitos, dor abdominal e mudanças súbitas do humor. Nessa fase, o paciente encontra-se lúcido e o diagnóstico é feito através de exame do líquido da medula espinhal.
  • Estágio II – Mantém-se os sintomas da fase inicial e aparecem alterações como: estrabismo, alteração dos movimentos e da sensibilidade na face, pálpebra caída, entre outros. Pode haver inflamação no cérebro com aparecimento de tremores nas mãos e nos pés, distúrbios da fala, trejeitos e movimentos involuntários.
  • Estágio III ou período terminal – É a fase em que aparecem deficiências do sistema nervoso central, tais como: rigidez na nuca com a cabeça ficando tracionada para trás; surgem alterações do ritmo do coração e da respiração; a pessoa fica confusa e pode entrar em coma. Em qualquer fase da doença podem surgir convulsões generalizadas ou em determinadas partes do corpo (exemplo: só a mão treme).

Transmissor – O ser humano doente. (Em algumas regiões, o gado bovino doente e, em raras ocasiões, os primatas, as aves e outros.)

Forma de transmissão – A doença é transmitida de pessoa a pessoa através do ar contaminado com gotículas de saliva infectadas após o doente tossir, espirrar e falar.

Período de transmissão – A Meningite Tuberculosa só é transmitida quando está associada à Tuberculose pulmonar e enquanto o paciente ainda não estiver sendo tratado. Após o início do tratamento, a transmissão é reduzida (gradativamente) a níveis insignificantes.

Complicações – A Meningite Tuberculosa é uma complicação da tuberculose. Quanto mais cedo o início do tratamento, menor é a chance de morte ou a ocorrência de sequelas como: aumento do volume da cabeça, retardo mental ou a pessoa ficar endurecida e com a musculatura contraída.

Lembre-se: não se automedique. Sempre procure seu médico. Ele poderá indicar o melhor tratamento para que você recupere sua saúde.

2 MESES

Hepatite B (2° dose)

Vacina indicada para a prevenção da infecção do vírus B da Hepatite. É produzida a partir de técnicas de engenharia genética com a utilização do próprio vírus causador da doença. A vacina está disponível para crianças e adultos, sendo administrada em 3 doses, recebidas da seguinte forma:

Crianças

1ª dose – primeiras horas após o nascimento;

2ª dose – entre 1 e 2 meses de idade;

3ª dose – aos 6 meses de idade.

Adultos

1ª dose – na data escolhida;

2ª dose – 1 mês após a 1ª;

3ª dose – 5 meses após a 2ª.

A Doença

A Hepatite B é uma doença causada por um vírus e que pode ou não manifestar sintomas no portador. Em casos extremos, pode levar à morte. Na forma aguda (de curta duração), os sintomas vão desaparecendo aos poucos. Algumas pessoas, dependendo da idade, desenvolvem a forma crônica (de longa duração), mantendo um processo inflamatório do fígado por mais de 6 meses. A probabilidade de uma pessoa desenvolver a forma crônica é de 90% em crianças menores de 1 ano; de 20% a 50%, entre 1 e 5 anos; entre 5% e 10% em adultos.

Sintomas – mal-estar; dor de cabeça; febre baixa; anorexia; fraqueza; fadiga; dor nas articulações; náuseas; vômitos; descoanforto no tórax do lado direito; aversão a alguns alimentos e ao cigarro; icterícia (cor amarelada nos olhos) – esta geralmente se inicia quando a febre desaparece, podendo ser precedida por urina escura e fezes esbranquiçadas -; fígado aumentado; baço aumentado.

Os sintomas podem demorar de 30 até 180 dias para aparecer, após a pessoa ter-se infectado (a média fica entre 60 e 90 dias).

Transmissor – O ser humano.

Forma de transmissão – Por via sexual; transfusões de sangue; procedimentos médicos e odontológicos; hemodiálises sem as adequadas normas de biossegurança; transmissão mãe-filho (durante a gestação); por contatos íntimos em casa (compartilhamento de escova dental e lâminas de barbear); acidentes com algum tipo de sangramento; compartilhamento de seringas e de material para a realização de tatuagens e piercings.

Período de transmissão – A pessoa infectada pode passar o vírus da Hepatite B para outras pessoas de 2 a 3 semanas antes do aparecimento dos primeiros sintomas, bem como durante a evolução da doença. O portador crônico (por longo período) pode transmitir por vários anos.

Complicações – A Hepatite pode durar anos. O portador também pode desenvolver cirrose hepática e suas complicações: acúmulo de líquido no abdome, hemorragias digestivas, peritonite (inflamação da membrana que reveste o sistema digestivo), distúrbios neurológicos e câncer no fígado.

Lembre-se: não se automedique. Sempre procure seu médico. Ele poderá indicar o melhor tratamento para que você recupere sua saúde.

Tríplice Bacteriana

A vacina Tríplice Bacteriana (DTP) é indicada para a prevenção da Difteria, do Tétano e da Coqueluche. Ela possui substâncias não tóxicas produzidas pela bactéria da difteria e do tétano, além da bactéria causadora da Coqueluche na forma inativada. Existem dois tipos de vacinas: uma chamada de células inteiras, de utilização mais frequente na rede publica de saúde, e outra chamada de acelular (mais purificada), utilizada na rede privada de saúde. A principal diferença entre ambas é que a vacina acelular tem menor probabilidade de causar reações adversas graves quando comparada com a vacina de células inteiras.

Esta vacina está indicada para crianças aos 2, 4 e 6 meses de idade com reforços entre 15 e 18 meses e entre 4 a 6 anos de idade. A partir deste último reforço, estão indicadas novas doses a cada 10 anos, durante toda a vida.

Para vacinação de adolescentes, adultos e idosos, utilizamos a vacina dTPa do tipo adulto, na rede privada de saúde, ou a dT (dupla tipo adulto), na rede pública. Pessoas com esquemas incompletos de vacinação (3 doses), deverão completá-lo. Estando em dia a vacinação (as 3 doses), basta apenas um reforço a cada 10 anos.

Esta vacina também minimiza a transmissão do agente causador da Coqueluche dos pais para os recém-nascidos. Assim sendo, mulheres (principalmente gestantes) devem ficar atentas à vacinação. Idosos desenvolvem com maior frequência complicações da coqueluche, portanto devem ter o calendário em dia.

A Doença

A difteria (ou crupe) é uma doença transmissível causada por uma bactéria que frequentemente se aloja nas amígdalas, faringe, laringe ou nariz e que produz placas esbranquiçadas nos locais afetados. Em pouquíssimos casos ela se aloja nos olhos, pele, ouvido, vulva, pênis (pós-circuncisão) ou cordão umbilical. Após a infecção, leva de 1 a 6 dias para surgirem os primeiros sintomas: prostração, palidez, leve dor de garganta e febre não muito alta (37,5°C – 38,5°C). Em casos mais graves, há intenso aumento do pescoço e da região da mandíbula. Se a quantidade de placas impedir a respiração, é necessário fazer uma traqueostomia – procedimento cirúrgico que faz um “furo no pescoço” para facilitar a entrada de ar – para evitar a morte. As gestantes podem passar a proteção adquirida com a vacina (anticorpos) para o bebê através da placenta, protegendo-o nos primeiros meses de vida.

Transmissor – O ser humano.

Forma de transmissão – Através de gotículas de secreção do portador da doença eliminadas por tosse, espirro ou ao falar. A transmissão por objetos recém-contaminados com secreções do doente ou de lesões em outras localizações é pouco frequente.

Período de transmissão – Em média, até 2 semanas após o início dos sintomas. Na maioria dos casos, o tratamento adequado mata a bactéria entre 24 e 48 horas. O doente não tratado pode transmitir a infecção por 6 meses ou mais.

Complicações – Inflamação do coração, inflamação nos nervos, lesões renais e insuficiência renal.

 

Tétano Neonatal

O tétano neonatal (também conhecido como tétano umbilical ou “mal de sete dias”) é uma doença grave, de curta duração, não contagiosa, transmitida por uma bactéria e evitável através de vacinação. Acomete o recém-nascido nos primeiros 28 dias de vida, com maior frequência na primeira semana de vida (60%) e nos primeiros quinze dias (90%). Seus sintomas são: dificuldade de sucção, irritabilidade e choro constante. Geralmente ocorre devido à falta de acesso a serviços de saúde de qualidade.

Transmissor – A bactéria contamina o solo através das fezes de humanos e de alguns animais (especialmente o cavalo). Pode estar na pele, na poeira, em espinhos de arbustos, pequenos galhos de árvores, pregos enferrujados e em instrumentos de trabalho não esterilizados. Não existe transmissão de pessoa a pessoa.

Forma de transmissão – Por contaminação: ao utilizar substâncias ou instrumentos contaminados com a bactéria durante a manipulação do cordão umbilical ou cuidados inadequados do coto umbilical (aquele último pedaço do cordão umbilical que cairá e formará o umbigo).

Complicações – Disfunção respiratória, infecções secundárias, taquicardia, crise de hipertensão arterial, parada cardíaca, inflamação do coração, complicações pulmonares, hemorragias, fraturas de vértebras, entre outras.

Tétano Acidental

O Tétano Acidental é uma infecção grave, não contagiosa, causada pela ação de toxinas produzidas por bactérias. Sintomas: febre baixa ou ausente, tônus muscular aumentado, reflexos exagerados, espasmos ou contrações musculares que se repetem, dificuldade de engolir, contração dos músculos do rosto, rigidez de nuca e da região dorsal. A rigidez muscular acaba atingindo também os músculos do abdome e o diafragma, levando à insuficiência respiratória. As contrações nos músculos geralmente são desencadeadas por estímulos luminosos, sonoros, alterações de temperatura e manipulações do doente.

Após o contágio, os sintomas demoram de 1 dia a alguns meses para aparecer, mas geralmente se manifestam entre 3 e 21 dias. Quanto mais rápido os sintomas aparecem, maior a gravidade da infecção. Na maioria das vezes, o paciente mantém-se consciente e lúcido.

Forma de transmissão – Contato da bactéria com ferimentos (superficiais ou profundos) contaminados com terra, poeira, fezes de animais ou de humanos.

Complicações – Parada respiratória e/ou cardíaca, dificuldade respiratória, infecções secundárias, crise hipertensiva, taquicardia, fratura de vértebras, hemorragias digestiva e no cérebro, inchaço do cérebro, inflamação dos vasos sanguíneos e complicações pulmonares.

 

Coqueluche

A coqueluche é uma doença transmissível de curta duração, causada por uma bactéria, que compromete o sistema respiratório (traqueia e brônquios) e se caracteriza por crises de tosse seca. Há períodos em que podemos ter aumentos consideráveis do número de casos (períodos epidêmicos). Os sintomas levam de 5 a 10 dias para surgir, podendo permanecer de 1 a 3 semanas e, raramente, até 42 dias. Em recém-nascidos, pode resultar em morte. A doença possui 3 fases: a catarral, a de tosse recorrente e a de restabelecimento.

  • Fase catarral – Dura de 1 a 2 semanas. O doente tem febre baixa, mal-estar geral, coriza e tosse seca. A tosse vai piorando e ficando mais frequente.
  • Fase de tosse – Dura de 2 a 6 semanas. A tosse se intensifica, pode haver febre baixa com variações de temperatura ao longo do dia. Sintomas: tosse com dificuldade de respiração; língua caída para fora da boca (como cachorro); nariz entupido; às vezes, pele arroxeada e sensação de asfixia; inspiração forçada, súbita e prolongada, acompanhada de um ruído característico (o guincho) seguido de vômitos. A tosse aumenta nas duas primeiras semanas e depois vai diminuindo. Nos intervalos das crises de tosse, o paciente passa bem.
  • Fase de restabelecimento – Dura de 2 a 6 semanas, às vezes se prolonga por até 3 meses. As crises de tosse desaparecem e viram tosse comum. Nessa fase, podem ocorrer outras infecções respiratórias. Há casos de indivíduos inadequadamente vacinados ou vacinados há mais de 5 anos que apresentam tosse mas, sem o guincho característico.

Transmissor – O ser humano.

Forma de transmissão – Contato direto com o doente, através de gotículas de secreção eliminadas por tosse, espirro ou ao falar. A bactéria dificilmente sobrevive fora do homem, portanto o risco de transmissão por objetos recém-contaminados é pequeno.

Período de transmissão – De 5 dias após o contato com um doente (final do período de incubação) até 3 semanas após o início dos acessos de tosse típicos da doença. Em bebês menores de 6 meses, o período de transmissão pode prolongar-se por até 4 a 6 semanas após o início da tosse. A maior transmissibilidade ocorre na fase catarral.

Imunidade – O indivíduo torna-se imune após adquirir a doença (imunidade duradoura, mas não permanente) ou após receber vacinação adequada. Em média, de 5 a 10 anos após a última dose da vacina a proteção pode declinar.

Complicações – Pneumonia; inflamação no ouvido; ativação de Tuberculose que não havia se manifestado; complicações pulmonares; ruptura de diafragma; inflamação no cérebro; convulsões; coma; hemorragias cerebrais; hemorragia na membrana que recobre o cérebro; estrabismo; surdez; sangramento no nariz e nos olhos; inchaço na face; úlcera do freio da língua; hérnias; conjuntivite; desidratação e/ou desnutrição.

Lembre-se: não se automedique. Sempre procure seu médico. Ele poderá indicar o melhor tratamento para que você recupere sua saúde.

Vacina contra o Haemophilus Tipo B (HIB)

A principal indicação desta vacina é a prevenção da meningite causada pelo Hib. É produzida a partir de bactérias inativadas (mortas) e é indicada para crianças aos 2, 4 e 6 meses de idade. Recomenda-se tomar o reforço quando o bebê estiver entre 15 e 18 meses – a rede pública não oferece esta dose de reforço, apenas as clínicas particulares.

Pessoas acima de cinco anos de idade podem precisar da vacina em situações especiais, como indivíduos que retiraram ou irão retirar o baço ou têm anemia falciforme. Nestes casos, os médicos devem orientar a vacinação.

A Doença

A meningite é uma infecção nas meninges. Os primeiros sintomas aparecem de 2 a 4 dias após a pessoa ser infectada. Seu início geralmente é súbito, com febre, forte dor de cabeça, náuseas, vômitos e rigidez de nuca. Sinais característicos da doença são: resistência e dor ao estender o joelho com o quadril totalmente flexionado e levantamento involuntário das pernas ao levantar a cabeça do doente. Em bebês os sintomas são inespecíficos (dificilmente há rigidez de nuca e convulsões) e inicialmente apresentam sintomas comuns a outras doenças infecciosas desta idade, tais como: variação de temperatura, desconforto respiratório, irritabilidade, letargia, recusa alimentar, agitação e vômitos. Fique atento se seu bebê gritar quando você manipular suas pernas na hora de trocar a fralda, a isto chamamos de grito meníngeo e é muito comum se a criança estiver com meningite.

Transmissor – O ser humano.

Forma de transmissão – Pelo contato direto com o doente ou portador por meio das vias respiratórias.

Período de transmissão – A partir da contaminação até 48 horas após o doente ter começado o tratamento com antibióticos.

Complicações – As principais complicações são: perda da audição, distúrbio de linguagem, retardo mental, falta de coordenação motora, distúrbios visuais e morte.

Curiosidade – Meninge deriva do grego e quer dizer “membrana”. É ela que recobre o cérebro e o sistema nervoso central através de suas 3 camadas.

Lembre-se: não se automedique. Sempre procure seu médico. Ele poderá indicar o melhor tratamento para que você recupere sua saúde.

Vacina contra a Poliomielite

A vacina indicada para a prevenção da Poliomielite (paralisia infantil) é aplicada de duas formas diferentes: por via oral e injetável. Ambas são indicadas para administração aos 2, 4 e 6 meses de vida, com reforços dos 15 aos 18 meses e entre 4 a 6 anos de idade. Todas as doses devem ser administradas corretamente para se obter a proteção desejada.

Por via Oral (Sabin): é produzida com vírus vivos e enfraquecidos. Usada apenas pela rede pública, a partir da 3ª dose recomendada.

Injetável (Salk): é produzida com vírus mortos. Usada na rede privada e na rede pública – nesta última, apenas para as 2 primeiras doses.

Campanhas de vacinação contra a Poliomielite são promovidas pelo Ministério da Saúde anualmente e recomendadas a crianças até cinco anos de idade.

A Doença

A Paralisia infantil (poliomielite ou “pólio”) é uma doença altamente contagiosa transmitida por um vírus e caracteriza-se pela paralisia repentina dos músculos. Leva de 2 a 30 dias para surgirem os sintomas. Há 3 tipos diferentes de “pólio”:

Infecções assintomáticas: Ocorre entre 90% a 95% dos casos. Não há sintomas específicos e sua cura é rápida.
Poliomielite abortiva (não completa): Ocorre em cerca de 5% dos casos e os sintomas são inespecíficos, tais como febre, dor de cabeça, tosse e coriza. Em alguns casos, pode haver a manifestação de sintomas de meningite causada pelo vírus. Nesta forma, não há paralisia dos músculos.
Poliomielite Paralítica: Ocorre em apenas 1% a 1,6% dos casos. Única que possui características típicas, ou seja, a paralisia dos músculos. A evolução é rápida e em até 3 dias os músculos dos membros inferiores, na maioria das vezes, subitamente se tornam flácidos. Geralmente, essa flacidez ocorre de um único lado do corpo; a sensibilidade profunda na região fica preservada, mas acabam os reflexos; falta de coordenação motora e febre são outros sintomas que podem se manifestar. Caso os músculos respiratórios e mastigatórios fiquem paralisados, haverá risco de morte do paciente. As sequelas paralíticas desta forma de doença são muito frequentes. Esta doença encontra-se erradicada no Brasil desde o início dos anos 90.

Transmissor – O ser humano.

Forma de transmissão – Através de gotículas de secreção do doente ao falar, tossir, espirrar e também por objetos, alimentos e água contaminados com fezes de doentes ou de portadores.

Período de transmissão – Das primeiras horas após a infecção a até 1 semana o vírus pode ser encontrado nas secreções do nariz e da garganta. Através das fezes, a transmissão pode variar de 3 a 6 semanas após o contágio.

Complicações – Sequelas paralíticas; parada respiratória devido à paralisia muscular.

Lembre-se: não se automedique. Sempre procure seu médico. Ele poderá indicar o melhor tratamento para que você recupere sua saúde.

Vacina contra Rotavírus

A vacina indicada na prevenção do Rotavírus é produzida com vírus vivos atenuados e é tomada por via oral. Existem duas marcas de vacina contra o Rotavírus:

Vacina Monovalente – de uso mais comum na rede pública de saúde, é aplicada em duas doses, recomendadas aos 2 e 4 meses de idade.

Vacina Pentavalente – de uso na rede privada de saúde. É administrada em 3 doses recomendadas aos 2, 4 e 6 meses de idade. (Obs.: para esta vacina, a idade máxima para receber a primeira dose é de 3 meses e 15 dias de idade e a última dose não pode ser administrada após 7 meses e 29 dias de idade.)

As doses da vacina contra o Rotavírus podem ser administradas no mesmo dia que outras vacinas – inclusive com a Poliomielite oral. Mas lembre-se, caso a vacina contra o Rotavírus e a vacina contra Poliomielite oral não sejam realizadas no mesmo dia, deverá haver um intervalo de 15 dias entre as administrações.

A Doença

É uma infecção causada por vírus. Seus sintomas, que duram de 3 até 8 dias, são: diarreia, vômito e febre, podendo levar a desidratação. A doença, após a contaminação, leva de 2 a 4 dias para manifestar sintomas.

Transmissor – O ser humano contaminado.

Forma de transmissão – Através de água, alimentos ou objetos contaminados.

Período de transmissão – O indivíduo contaminado começa a eliminar os vírus nas fezes antes do início dos sintomas e essa eliminação persiste por até 21 dias após o início dos sintomas.

Complicações – A complicação mais frequente é a desidratação, podendo, em níveis extremos, levar à morte.

Lembre-se: não se automedique. Sempre procure seu médico. Ele poderá indicar o melhor tratamento para que você recupere sua saúde.

Vacinas Pneumocócicas

As vacinas pneumocócicas são indicadas para a prevenção das infecções causadas pelo pneumococo (ex.: pneumonia e meningite). Elas são produzidas a partir de bactérias mortas e diferem quanto ao modo de produção. Há basicamente 2 tipos de vacinas pneumocócicas:

Vacinas conjugadas – são as vacinas que fazem parte do calendário de vacinação das crianças e são administradas aos 2, 4 e 6 meses com um reforço entre 12 e 15 meses de idade. Existem dois tipos de vacina pneumocócica conjugada:
– vacina chamada “10 valente” ( utilizada na rede pública de saúde) que possui em sua composição 10 tipos de pneumococos;
– vacina “13 valente” (utilizada na rede privada) que possui em sua composição 13 tipos de pneumococos. Esta foi liberada para uso em crianças entre 6 semanas de idade até 17 anos. Também liberada para adultos acima de 50 anos (apenas uma dose) por ser grupo de alto risco da doença.
– As vacinas conjugadas têm como característica produzir uma proteção de longa duração.

Vacina polissacarídica – esta vacina pode ser administrada em pessoas com mais de 2 anos de idade e possui em sua composição 23 tipos de pneumococos, porém não confere proteção de longa duração. Seu efeito protetor dura de 3 a 5 anos, necessitando assim de doses de reforço.

Observação: Para os idosos (grupo de alto risco para a infecção pneumocócica) recomenda-se uma dose da vacina pneumocócica 13 valente conjugada e, dois meses depois, uma dose da vacina 23 valente polissacarídica, com eventual dose de reforço após 5 anos.

Importante: caso  a pessoa idosa já tenha recebido a vacina polissacarídica 23 valente, é recomendável que se espere por um intervalo de 12 meses até receber a vacina 13 valente conjugada.

A Doença

A doença pneumocócica é causada por uma bactéria (pneumococo) e esta é a maior causadora de infecção no ouvido (otite) e de outras doenças, tanto em crianças, como em adultos. Frequentemente, também causam sinusite, pneumonia, meningite e conjuntivite.

Em crianças pequenas e nas que estão na fase de amamentação, os pneumococos são as causas mais comuns de meningite bacteriana. Pode também causar infecções no coração, nos ossos e nas articulações. A doença pode levar desde 1 a 3 dias após o contágio para manifestar os primeiros sintomas.

Transmissor – O ser humano (doente ou portador sem sintomas).

Forma de transmissão – A transmissão é de pessoa para pessoa através de gotículas respiratórias. Infecções virais podem favorecer a infecção pelo Pneumococo, como, por exemplo, a Gripe (Influenza).

Período de transmissão – É transmissível enquanto houver microrganismo no nariz e na garganta do doente. Após 24 a 48 horas do início do tratamento com antibiótico, o doente deixa de transmitir a doença. Existem portadores que não manifestam a doença e podem permanecer transmitindo o Pneumococo por longo período.

Complicações – Dependem do tipo de infecção causada pelo pneumococo. Algumas, se não tratadas correta e precocemente, podem levar à morte.

Lembre-se: não se automedique. Sempre procure seu médico. Ele poderá indicar o melhor tratamento para que você recupere sua saúde.

3 MESES

Vacina Meningocócica

As vacinas meningocócicas são indicadas para a prevenção das infecções causadas pelos meningococos (bactérias) – particularmente a meningite meningocócica.

Atualmente, no Brasil, dispomos de dois tipos de vacinas meningocócicas:

Vacina meningocócica do grupo C conjugada: indicada aos 3 e 5 meses, com reforços entre 12 e 15 meses idade e entre 5 a 6 anos. Recomenda-se que os reforços sejam feitos com a vacina meningocócica A,C,W e Y e, nesse caso, uma dose de reforço aos 11 anos de idade também é recomendada.
Pessoas com mais de 1 ano recebem dose única – ela pode ser aplicada em qualquer faixa etária.

Vacina meningocócica quadrivalente (ou tetravalente conjugada): protege contra os meningococos dos grupos A, C, W e Y. Indicada para pessoas a partir de 1 ano de idade.  Em adolescentes, considerar uma dose de reforço 5 anos após a primeira dose. Em idosos, esta vacina deve ser considerada em situações de risco aumentado.

A Doença

A doença Meningocócica é uma infecção causada por uma bactéria chamada Meningococo, que pode causar doenças desde formas leves, que simula uma infecção respiratória, até formas muito graves, que são as mais comuns, com uma infecção generalizada (septicemia). Neste último caso, os sintomas são: mal estar súbito, febre alta, calafrios, prostração e pequenos pontos avermelhados na pele (alguns são semelhantes a picadas de inseto e outros, a hematomas). Os casos mais graves também podem causar uma meningite e, então, a pessoa terá os seguintes sintomas: febre, dor de cabeça intensa, náuseas, vômitos e rigidez de nuca. O paciente pode apresentar-se consciente, sonolento, torporoso ou em coma. Entre 2 até 10 dias é o tempo que leva para surgirem os primeiros sintomas (sendo a média de 3 a 4 dias).

Outra forma da doença é a meningoencefalite (inflamação do cérebro e de suas membranas), na qual ocorre a importante perda da capacidade de comunicação do paciente.

Observação: Bebês ainda amamentando apresentam um quadro diferenciado. Por isso, deve-se observar: febre, irritabilidade ou agitação, gemido de dor ao mexer em suas pernas, recusa alimentar, vômitos, convulsões e o surgimento de uma protuberância arredondada no topo da cabeça do bebê.

Transmissão – O ser humano doente ou o portador não doente.

Forma de transmissão – Contato íntimo de pessoa a pessoa (indivíduos que residem no mesmo domicílio ou que compartilhem o mesmo dormitório em internatos, quartéis, creches etc.), por meio de gotículas de saliva e outras secreções do nariz e da garganta.

Período de transmissão – É transmissível enquanto a bactéria estiver na garganta e no nariz. Em geral, ela desaparece da garganta 24 horas após o início do tratamento com antibióticos.

Complicações – As sequelas podem ser: feridas na pele (necroses), surdez, inflamação nas articulações, problemas cardíacos, paralisias, alterações no cérebro, entre outras.

Lembre-se: não se automedique. Sempre procure seu médico. Ele poderá indicar o melhor tratamento para que você recupere sua saúde.

Meningococo B

O meningococo B (MenB) é um dos principais causadores de meningite bacteriana no mundo. Para se ter uma ideia da gravidade da doença, de cada dez casos, dois são fatais. As meningites bacterianas, que representam de 20% a 40% das meningites, são consideradas as mais graves, devem ser tratadas com antibióticos e requerem hospitalização em UTI, devido à alta taxa de mortalidade. Já as meningites virais, que felizmente são a maioria, são bem mais leves e em geral não exigem internação. Raramente, as meningites podem ser provocadas por fungos ou pelo bacilo de Koch, causador da tuberculose.

Indicação: Proteção contra doença meningocócica invasiva (meningite, meningococcemia) causada pelo meningococo do tipo B.

Quem pode se vacinar: Crianças a partir de 2 meses, adolescentes e adultos até 50 anos de idade.

Contraindicações: Apenas as contraindicações gerais de todas as vacinas: quadro febril agudo ou alergia grave (anafilaxia) a um dos componentes da vacina.

Esquema de doses: Crianças até 6 meses: três doses aos 3, 5 e 7 meses de idade (intervalo de 2 meses entre as doses), com um reforço entre 12 e 15 meses.
Crianças entre 7 e 11 meses: duas doses com intervalo de 2 meses e reforço entre 12 e 15 meses de idade, com intervalo mínimo de 2 meses da última dose.
Crianças entre 12 meses e 10 anos de idade: duas doses com intervalo de dois meses.
Crianças a partir de 11 anos, adolescentes e adultos: duas doses com intervalo de um mês.
Eventos Adversos: reações locais (dor, vermelhidão, inchaço e calor no local da aplicação) e febre, principalmente nas seis primeiras horas após a vacinação, que geralmente regride em 72 horas.

Via de aplicação: Intramuscular.

4 MESES

Tríplice Bacteriana

A vacina Tríplice Bacteriana (DTP) é indicada para a prevenção da Difteria, do Tétano e da Coqueluche. Ela possui substâncias não tóxicas produzidas pela bactéria da difteria e do tétano, além da bactéria causadora da Coqueluche na forma inativada. Existem dois tipos de vacinas: uma chamada de células inteiras, de utilização mais frequente na rede publica de saúde, e outra chamada de acelular (mais purificada), utilizada na rede privada de saúde. A principal diferença entre ambas é que a vacina acelular tem menor probabilidade de causar reações adversas graves quando comparada com a vacina de células inteiras.

Esta vacina está indicada para crianças aos 2, 4 e 6 meses de idade com reforços entre 15 e 18 meses e entre 4 a 6 anos de idade. A partir deste último reforço, estão indicadas novas doses a cada 10 anos, durante toda a vida.

Para vacinação de adolescentes, adultos e idosos, utilizamos a vacina dTPa do tipo adulto, na rede privada de saúde, ou a dT (dupla tipo adulto), na rede pública. Pessoas com esquemas incompletos de vacinação (3 doses), deverão completá-lo. Estando em dia a vacinação (as 3 doses), basta apenas um reforço a cada 10 anos.

Esta vacina também minimiza a transmissão do agente causador da Coqueluche dos pais para os recém-nascidos. Assim sendo, mulheres (principalmente gestantes) devem ficar atentas à vacinação. Idosos desenvolvem com maior frequência complicações da coqueluche, portanto devem ter o calendário em dia.

A Doença

A difteria (ou crupe) é uma doença transmissível causada por uma bactéria que frequentemente se aloja nas amígdalas, faringe, laringe ou nariz e que produz placas esbranquiçadas nos locais afetados. Em pouquíssimos casos ela se aloja nos olhos, pele, ouvido, vulva, pênis (pós-circuncisão) ou cordão umbilical. Após a infecção, leva de 1 a 6 dias para surgirem os primeiros sintomas: prostração, palidez, leve dor de garganta e febre não muito alta (37,5°C – 38,5°C). Em casos mais graves, há intenso aumento do pescoço e da região da mandíbula. Se a quantidade de placas impedir a respiração, é necessário fazer uma traqueostomia – procedimento cirúrgico que faz um “furo no pescoço” para facilitar a entrada de ar – para evitar a morte. As gestantes podem passar a proteção adquirida com a vacina (anticorpos) para o bebê através da placenta, protegendo-o nos primeiros meses de vida.

Transmissor – O ser humano.

Forma de transmissão – Através de gotículas de secreção do portador da doença eliminadas por tosse, espirro ou ao falar. A transmissão por objetos recém-contaminados com secreções do doente ou de lesões em outras localizações é pouco frequente.

Período de transmissão – Em média, até 2 semanas após o início dos sintomas. Na maioria dos casos, o tratamento adequado mata a bactéria entre 24 e 48 horas. O doente não tratado pode transmitir a infecção por 6 meses ou mais.

Complicações – Inflamação do coração, inflamação nos nervos, lesões renais e insuficiência renal.

 

Tétano Neonatal

O tétano neonatal (também conhecido como tétano umbilical ou “mal de sete dias”) é uma doença grave, de curta duração, não contagiosa, transmitida por uma bactéria e evitável através de vacinação. Acomete o recém-nascido nos primeiros 28 dias de vida, com maior frequência na primeira semana de vida (60%) e nos primeiros quinze dias (90%). Seus sintomas são: dificuldade de sucção, irritabilidade e choro constante. Geralmente ocorre devido à falta de acesso a serviços de saúde de qualidade.

Transmissor – A bactéria contamina o solo através das fezes de humanos e de alguns animais (especialmente o cavalo). Pode estar na pele, na poeira, em espinhos de arbustos, pequenos galhos de árvores, pregos enferrujados e em instrumentos de trabalho não esterilizados. Não existe transmissão de pessoa a pessoa.

Forma de transmissão – Por contaminação: ao utilizar substâncias ou instrumentos contaminados com a bactéria durante a manipulação do cordão umbilical ou cuidados inadequados do coto umbilical (aquele último pedaço do cordão umbilical que cairá e formará o umbigo).

Complicações – Disfunção respiratória, infecções secundárias, taquicardia, crise de hipertensão arterial, parada cardíaca, inflamação do coração, complicações pulmonares, hemorragias, fraturas de vértebras, entre outras.

Tétano Acidental

O Tétano Acidental é uma infecção grave, não contagiosa, causada pela ação de toxinas produzidas por bactérias. Sintomas: febre baixa ou ausente, tônus muscular aumentado, reflexos exagerados, espasmos ou contrações musculares que se repetem, dificuldade de engolir, contração dos músculos do rosto, rigidez de nuca e da região dorsal. A rigidez muscular acaba atingindo também os músculos do abdome e o diafragma, levando à insuficiência respiratória. As contrações nos músculos geralmente são desencadeadas por estímulos luminosos, sonoros, alterações de temperatura e manipulações do doente.

Após o contágio, os sintomas demoram de 1 dia a alguns meses para aparecer, mas geralmente se manifestam entre 3 e 21 dias. Quanto mais rápido os sintomas aparecem, maior a gravidade da infecção. Na maioria das vezes, o paciente mantém-se consciente e lúcido.

Forma de transmissão – Contato da bactéria com ferimentos (superficiais ou profundos) contaminados com terra, poeira, fezes de animais ou de humanos.

Complicações – Parada respiratória e/ou cardíaca, dificuldade respiratória, infecções secundárias, crise hipertensiva, taquicardia, fratura de vértebras, hemorragias digestiva e no cérebro, inchaço do cérebro, inflamação dos vasos sanguíneos e complicações pulmonares.

 

Coqueluche

A coqueluche é uma doença transmissível de curta duração, causada por uma bactéria, que compromete o sistema respiratório (traqueia e brônquios) e se caracteriza por crises de tosse seca. Há períodos em que podemos ter aumentos consideráveis do número de casos (períodos epidêmicos). Os sintomas levam de 5 a 10 dias para surgir, podendo permanecer de 1 a 3 semanas e, raramente, até 42 dias. Em recém-nascidos, pode resultar em morte. A doença possui 3 fases: a catarral, a de tosse recorrente e a de restabelecimento.

  • Fase catarral – Dura de 1 a 2 semanas. O doente tem febre baixa, mal-estar geral, coriza e tosse seca. A tosse vai piorando e ficando mais frequente.
  • Fase de tosse – Dura de 2 a 6 semanas. A tosse se intensifica, pode haver febre baixa com variações de temperatura ao longo do dia. Sintomas: tosse com dificuldade de respiração; língua caída para fora da boca (como cachorro); nariz entupido; às vezes, pele arroxeada e sensação de asfixia; inspiração forçada, súbita e prolongada, acompanhada de um ruído característico (o guincho) seguido de vômitos. A tosse aumenta nas duas primeiras semanas e depois vai diminuindo. Nos intervalos das crises de tosse, o paciente passa bem.
  • Fase de restabelecimento – Dura de 2 a 6 semanas, às vezes se prolonga por até 3 meses. As crises de tosse desaparecem e viram tosse comum. Nessa fase, podem ocorrer outras infecções respiratórias. Há casos de indivíduos inadequadamente vacinados ou vacinados há mais de 5 anos que apresentam tosse mas, sem o guincho característico.

Transmissor – O ser humano.

Forma de transmissão – Contato direto com o doente, através de gotículas de secreção eliminadas por tosse, espirro ou ao falar. A bactéria dificilmente sobrevive fora do homem, portanto o risco de transmissão por objetos recém-contaminados é pequeno.

Período de transmissão – De 5 dias após o contato com um doente (final do período de incubação) até 3 semanas após o início dos acessos de tosse típicos da doença. Em bebês menores de 6 meses, o período de transmissão pode prolongar-se por até 4 a 6 semanas após o início da tosse. A maior transmissibilidade ocorre na fase catarral.

Imunidade – O indivíduo torna-se imune após adquirir a doença (imunidade duradoura, mas não permanente) ou após receber vacinação adequada. Em média, de 5 a 10 anos após a última dose da vacina a proteção pode declinar.

Complicações – Pneumonia; inflamação no ouvido; ativação de Tuberculose que não havia se manifestado; complicações pulmonares; ruptura de diafragma; inflamação no cérebro; convulsões; coma; hemorragias cerebrais; hemorragia na membrana que recobre o cérebro; estrabismo; surdez; sangramento no nariz e nos olhos; inchaço na face; úlcera do freio da língua; hérnias; conjuntivite; desidratação e/ou desnutrição.

Lembre-se: não se automedique. Sempre procure seu médico. Ele poderá indicar o melhor tratamento para que você recupere sua saúde.

Vacina contra o Haemophilus Tipo B (HIB)

A principal indicação desta vacina é a prevenção da meningite causada pelo Hib. É produzida a partir de bactérias inativadas (mortas) e é indicada para crianças aos 2, 4 e 6 meses de idade. Recomenda-se tomar o reforço quando o bebê estiver entre 15 e 18 meses – a rede pública não oferece esta dose de reforço, apenas as clínicas particulares.

Pessoas acima de cinco anos de idade podem precisar da vacina em situações especiais, como indivíduos que retiraram ou irão retirar o baço ou têm anemia falciforme. Nestes casos, os médicos devem orientar a vacinação.

A Doença

A meningite é uma infecção nas meninges. Os primeiros sintomas aparecem de 2 a 4 dias após a pessoa ser infectada. Seu início geralmente é súbito, com febre, forte dor de cabeça, náuseas, vômitos e rigidez de nuca. Sinais característicos da doença são: resistência e dor ao estender o joelho com o quadril totalmente flexionado e levantamento involuntário das pernas ao levantar a cabeça do doente. Em bebês os sintomas são inespecíficos (dificilmente há rigidez de nuca e convulsões) e inicialmente apresentam sintomas comuns a outras doenças infecciosas desta idade, tais como: variação de temperatura, desconforto respiratório, irritabilidade, letargia, recusa alimentar, agitação e vômitos. Fique atento se seu bebê gritar quando você manipular suas pernas na hora de trocar a fralda, a isto chamamos de grito meníngeo e é muito comum se a criança estiver com meningite.

Transmissor – O ser humano.

Forma de transmissão – Pelo contato direto com o doente ou portador por meio das vias respiratórias.

Período de transmissão – A partir da contaminação até 48 horas após o doente ter começado o tratamento com antibióticos.

Complicações – As principais complicações são: perda da audição, distúrbio de linguagem, retardo mental, falta de coordenação motora, distúrbios visuais e morte.

Curiosidade – Meninge deriva do grego e quer dizer “membrana”. É ela que recobre o cérebro e o sistema nervoso central através de suas 3 camadas.

Lembre-se: não se automedique. Sempre procure seu médico. Ele poderá indicar o melhor tratamento para que você recupere sua saúde.

Vacina contra a Poliomielite

A vacina indicada para a prevenção da Poliomielite (paralisia infantil) é aplicada de duas formas diferentes: por via oral e injetável. Ambas são indicadas para administração aos 2, 4 e 6 meses de vida, com reforços dos 15 aos 18 meses e entre 4 a 6 anos de idade. Todas as doses devem ser administradas corretamente para se obter a proteção desejada.

Por via Oral (Sabin): é produzida com vírus vivos e enfraquecidos. Usada apenas pela rede pública, a partir da 3ª dose recomendada.

Injetável (Salk): é produzida com vírus mortos. Usada na rede privada e na rede pública – nesta última, apenas para as 2 primeiras doses.

Campanhas de vacinação contra a Poliomielite são promovidas pelo Ministério da Saúde anualmente e recomendadas a crianças até cinco anos de idade.

A Doença

A Paralisia infantil (poliomielite ou “pólio”) é uma doença altamente contagiosa transmitida por um vírus e caracteriza-se pela paralisia repentina dos músculos. Leva de 2 a 30 dias para surgirem os sintomas. Há 3 tipos diferentes de “pólio”:

Infecções assintomáticas: Ocorre entre 90% a 95% dos casos. Não há sintomas específicos e sua cura é rápida.
Poliomielite abortiva (não completa): Ocorre em cerca de 5% dos casos e os sintomas são inespecíficos, tais como febre, dor de cabeça, tosse e coriza. Em alguns casos, pode haver a manifestação de sintomas de meningite causada pelo vírus. Nesta forma, não há paralisia dos músculos.
Poliomielite Paralítica: Ocorre em apenas 1% a 1,6% dos casos. Única que possui características típicas, ou seja, a paralisia dos músculos. A evolução é rápida e em até 3 dias os músculos dos membros inferiores, na maioria das vezes, subitamente se tornam flácidos. Geralmente, essa flacidez ocorre de um único lado do corpo; a sensibilidade profunda na região fica preservada, mas acabam os reflexos; falta de coordenação motora e febre são outros sintomas que podem se manifestar. Caso os músculos respiratórios e mastigatórios fiquem paralisados, haverá risco de morte do paciente. As sequelas paralíticas desta forma de doença são muito frequentes. Esta doença encontra-se erradicada no Brasil desde o início dos anos 90.

Transmissor – O ser humano.

Forma de transmissão – Através de gotículas de secreção do doente ao falar, tossir, espirrar e também por objetos, alimentos e água contaminados com fezes de doentes ou de portadores.

Período de transmissão – Das primeiras horas após a infecção a até 1 semana o vírus pode ser encontrado nas secreções do nariz e da garganta. Através das fezes, a transmissão pode variar de 3 a 6 semanas após o contágio.

Complicações – Sequelas paralíticas; parada respiratória devido à paralisia muscular.

Lembre-se: não se automedique. Sempre procure seu médico. Ele poderá indicar o melhor tratamento para que você recupere sua saúde.

Vacina contra Rotavírus

A vacina indicada na prevenção do Rotavírus é produzida com vírus vivos atenuados e é tomada por via oral. Existem duas marcas de vacina contra o Rotavírus:

Vacina Monovalente – de uso mais comum na rede pública de saúde, é aplicada em duas doses, recomendadas aos 2 e 4 meses de idade.

Vacina Pentavalente – de uso na rede privada de saúde. É administrada em 3 doses recomendadas aos 2, 4 e 6 meses de idade. (Obs.: para esta vacina, a idade máxima para receber a primeira dose é de 3 meses e 15 dias de idade e a última dose não pode ser administrada após 7 meses e 29 dias de idade.)

As doses da vacina contra o Rotavírus podem ser administradas no mesmo dia que outras vacinas – inclusive com a Poliomielite oral. Mas lembre-se, caso a vacina contra o Rotavírus e a vacina contra Poliomielite oral não sejam realizadas no mesmo dia, deverá haver um intervalo de 15 dias entre as administrações.

A Doença

É uma infecção causada por vírus. Seus sintomas, que duram de 3 até 8 dias, são: diarreia, vômito e febre, podendo levar a desidratação. A doença, após a contaminação, leva de 2 a 4 dias para manifestar sintomas.

Transmissor – O ser humano contaminado.

Forma de transmissão – Através de água, alimentos ou objetos contaminados.

Período de transmissão – O indivíduo contaminado começa a eliminar os vírus nas fezes antes do início dos sintomas e essa eliminação persiste por até 21 dias após o início dos sintomas.

Complicações – A complicação mais frequente é a desidratação, podendo, em níveis extremos, levar à morte.

Lembre-se: não se automedique. Sempre procure seu médico. Ele poderá indicar o melhor tratamento para que você recupere sua saúde.

Vacinas Pneumocócicas

As vacinas pneumocócicas são indicadas para a prevenção das infecções causadas pelo pneumococo (ex.: pneumonia e meningite). Elas são produzidas a partir de bactérias mortas e diferem quanto ao modo de produção. Há basicamente 2 tipos de vacinas pneumocócicas:

Vacinas conjugadas – são as vacinas que fazem parte do calendário de vacinação das crianças e são administradas aos 2, 4 e 6 meses com um reforço entre 12 e 15 meses de idade. Existem dois tipos de vacina pneumocócica conjugada:
– vacina chamada “10 valente” ( utilizada na rede pública de saúde) que possui em sua composição 10 tipos de pneumococos;
– vacina “13 valente” (utilizada na rede privada) que possui em sua composição 13 tipos de pneumococos. Esta foi liberada para uso em crianças entre 6 semanas de idade até 17 anos. Também liberada para adultos acima de 50 anos (apenas uma dose) por ser grupo de alto risco da doença.
– As vacinas conjugadas têm como característica produzir uma proteção de longa duração.

Vacina polissacarídica – esta vacina pode ser administrada em pessoas com mais de 2 anos de idade e possui em sua composição 23 tipos de pneumococos, porém não confere proteção de longa duração. Seu efeito protetor dura de 3 a 5 anos, necessitando assim de doses de reforço.

Observação: Para os idosos (grupo de alto risco para a infecção pneumocócica) recomenda-se uma dose da vacina pneumocócica 13 valente conjugada e, dois meses depois, uma dose da vacina 23 valente polissacarídica, com eventual dose de reforço após 5 anos.

Importante: caso  a pessoa idosa já tenha recebido a vacina polissacarídica 23 valente, é recomendável que se espere por um intervalo de 12 meses até receber a vacina 13 valente conjugada.

A Doença

A doença pneumocócica é causada por uma bactéria (pneumococo) e esta é a maior causadora de infecção no ouvido (otite) e de outras doenças, tanto em crianças, como em adultos. Frequentemente, também causam sinusite, pneumonia, meningite e conjuntivite.

Em crianças pequenas e nas que estão na fase de amamentação, os pneumococos são as causas mais comuns de meningite bacteriana. Pode também causar infecções no coração, nos ossos e nas articulações. A doença pode levar desde 1 a 3 dias após o contágio para manifestar os primeiros sintomas.

Transmissor – O ser humano (doente ou portador sem sintomas).

Forma de transmissão – A transmissão é de pessoa para pessoa através de gotículas respiratórias. Infecções virais podem favorecer a infecção pelo Pneumococo, como, por exemplo, a Gripe (Influenza).

Período de transmissão – É transmissível enquanto houver microrganismo no nariz e na garganta do doente. Após 24 a 48 horas do início do tratamento com antibiótico, o doente deixa de transmitir a doença. Existem portadores que não manifestam a doença e podem permanecer transmitindo o Pneumococo por longo período.

Complicações – Dependem do tipo de infecção causada pelo pneumococo. Algumas, se não tratadas correta e precocemente, podem levar à morte.

Lembre-se: não se automedique. Sempre procure seu médico. Ele poderá indicar o melhor tratamento para que você recupere sua saúde.

5 MESES

Vacina Meningocócica

As vacinas meningocócicas são indicadas para a prevenção das infecções causadas pelos meningococos (bactérias) – particularmente a meningite meningocócica.

Atualmente, no Brasil, dispomos de dois tipos de vacinas meningocócicas:

Vacina meningocócica do grupo C conjugada: indicada aos 3 e 5 meses, com reforços entre 12 e 15 meses idade e entre 5 a 6 anos. Recomenda-se que os reforços sejam feitos com a vacina meningocócica A,C,W e Y e, nesse caso, uma dose de reforço aos 11 anos de idade também é recomendada.
Pessoas com mais de 1 ano recebem dose única – ela pode ser aplicada em qualquer faixa etária.

Vacina meningocócica quadrivalente (ou tetravalente conjugada): protege contra os meningococos dos grupos A, C, W e Y. Indicada para pessoas a partir de 1 ano de idade.  Em adolescentes, considerar uma dose de reforço 5 anos após a primeira dose. Em idosos, esta vacina deve ser considerada em situações de risco aumentado.

A Doença

A doença Meningocócica é uma infecção causada por uma bactéria chamada Meningococo, que pode causar doenças desde formas leves, que simula uma infecção respiratória, até formas muito graves, que são as mais comuns, com uma infecção generalizada (septicemia). Neste último caso, os sintomas são: mal estar súbito, febre alta, calafrios, prostração e pequenos pontos avermelhados na pele (alguns são semelhantes a picadas de inseto e outros, a hematomas). Os casos mais graves também podem causar uma meningite e, então, a pessoa terá os seguintes sintomas: febre, dor de cabeça intensa, náuseas, vômitos e rigidez de nuca. O paciente pode apresentar-se consciente, sonolento, torporoso ou em coma. Entre 2 até 10 dias é o tempo que leva para surgirem os primeiros sintomas (sendo a média de 3 a 4 dias).

Outra forma da doença é a meningoencefalite (inflamação do cérebro e de suas membranas), na qual ocorre a importante perda da capacidade de comunicação do paciente.

Observação: Bebês ainda amamentando apresentam um quadro diferenciado. Por isso, deve-se observar: febre, irritabilidade ou agitação, gemido de dor ao mexer em suas pernas, recusa alimentar, vômitos, convulsões e o surgimento de uma protuberância arredondada no topo da cabeça do bebê.

Transmissão – O ser humano doente ou o portador não doente.

Forma de transmissão – Contato íntimo de pessoa a pessoa (indivíduos que residem no mesmo domicílio ou que compartilhem o mesmo dormitório em internatos, quartéis, creches etc.), por meio de gotículas de saliva e outras secreções do nariz e da garganta.

Período de transmissão – É transmissível enquanto a bactéria estiver na garganta e no nariz. Em geral, ela desaparece da garganta 24 horas após o início do tratamento com antibióticos.

Complicações – As sequelas podem ser: feridas na pele (necroses), surdez, inflamação nas articulações, problemas cardíacos, paralisias, alterações no cérebro, entre outras.

Lembre-se: não se automedique. Sempre procure seu médico. Ele poderá indicar o melhor tratamento para que você recupere sua saúde.

Meningococo B

O meningococo B (MenB) é um dos principais causadores de meningite bacteriana no mundo. Para se ter uma ideia da gravidade da doença, de cada dez casos, dois são fatais. As meningites bacterianas, que representam de 20% a 40% das meningites, são consideradas as mais graves, devem ser tratadas com antibióticos e requerem hospitalização em UTI, devido à alta taxa de mortalidade. Já as meningites virais, que felizmente são a maioria, são bem mais leves e em geral não exigem internação. Raramente, as meningites podem ser provocadas por fungos ou pelo bacilo de Koch, causador da tuberculose.

Indicação: Proteção contra doença meningocócica invasiva (meningite, meningococcemia) causada pelo meningococo do tipo B.

Quem pode se vacinar: Crianças a partir de 2 meses, adolescentes e adultos até 50 anos de idade.

Contraindicações: Apenas as contraindicações gerais de todas as vacinas: quadro febril agudo ou alergia grave (anafilaxia) a um dos componentes da vacina.

Esquema de doses: Crianças até 6 meses: três doses aos 3, 5 e 7 meses de idade (intervalo de 2 meses entre as doses), com um reforço entre 12 e 15 meses.
Crianças entre 7 e 11 meses: duas doses com intervalo de 2 meses e reforço entre 12 e 15 meses de idade, com intervalo mínimo de 2 meses da última dose.
Crianças entre 12 meses e 10 anos de idade: duas doses com intervalo de dois meses.
Crianças a partir de 11 anos, adolescentes e adultos: duas doses com intervalo de um mês.
Eventos Adversos: reações locais (dor, vermelhidão, inchaço e calor no local da aplicação) e febre, principalmente nas seis primeiras horas após a vacinação, que geralmente regride em 72 horas.

Via de aplicação: Intramuscular.

6 MESES

Tríplice Bacteriana

A vacina Tríplice Bacteriana (DTP) é indicada para a prevenção da Difteria, do Tétano e da Coqueluche. Ela possui substâncias não tóxicas produzidas pela bactéria da difteria e do tétano, além da bactéria causadora da Coqueluche na forma inativada. Existem dois tipos de vacinas: uma chamada de células inteiras, de utilização mais frequente na rede publica de saúde, e outra chamada de acelular (mais purificada), utilizada na rede privada de saúde. A principal diferença entre ambas é que a vacina acelular tem menor probabilidade de causar reações adversas graves quando comparada com a vacina de células inteiras.

Esta vacina está indicada para crianças aos 2, 4 e 6 meses de idade com reforços entre 15 e 18 meses e entre 4 a 6 anos de idade. A partir deste último reforço, estão indicadas novas doses a cada 10 anos, durante toda a vida.

Para vacinação de adolescentes, adultos e idosos, utilizamos a vacina dTPa do tipo adulto, na rede privada de saúde, ou a dT (dupla tipo adulto), na rede pública. Pessoas com esquemas incompletos de vacinação (3 doses), deverão completá-lo. Estando em dia a vacinação (as 3 doses), basta apenas um reforço a cada 10 anos.

Esta vacina também minimiza a transmissão do agente causador da Coqueluche dos pais para os recém-nascidos. Assim sendo, mulheres (principalmente gestantes) devem ficar atentas à vacinação. Idosos desenvolvem com maior frequência complicações da coqueluche, portanto devem ter o calendário em dia.

A Doença

A difteria (ou crupe) é uma doença transmissível causada por uma bactéria que frequentemente se aloja nas amígdalas, faringe, laringe ou nariz e que produz placas esbranquiçadas nos locais afetados. Em pouquíssimos casos ela se aloja nos olhos, pele, ouvido, vulva, pênis (pós-circuncisão) ou cordão umbilical. Após a infecção, leva de 1 a 6 dias para surgirem os primeiros sintomas: prostração, palidez, leve dor de garganta e febre não muito alta (37,5°C – 38,5°C). Em casos mais graves, há intenso aumento do pescoço e da região da mandíbula. Se a quantidade de placas impedir a respiração, é necessário fazer uma traqueostomia – procedimento cirúrgico que faz um “furo no pescoço” para facilitar a entrada de ar – para evitar a morte. As gestantes podem passar a proteção adquirida com a vacina (anticorpos) para o bebê através da placenta, protegendo-o nos primeiros meses de vida.

Transmissor – O ser humano.

Forma de transmissão – Através de gotículas de secreção do portador da doença eliminadas por tosse, espirro ou ao falar. A transmissão por objetos recém-contaminados com secreções do doente ou de lesões em outras localizações é pouco frequente.

Período de transmissão – Em média, até 2 semanas após o início dos sintomas. Na maioria dos casos, o tratamento adequado mata a bactéria entre 24 e 48 horas. O doente não tratado pode transmitir a infecção por 6 meses ou mais.

Complicações – Inflamação do coração, inflamação nos nervos, lesões renais e insuficiência renal.

 

Tétano Neonatal

O tétano neonatal (também conhecido como tétano umbilical ou “mal de sete dias”) é uma doença grave, de curta duração, não contagiosa, transmitida por uma bactéria e evitável através de vacinação. Acomete o recém-nascido nos primeiros 28 dias de vida, com maior frequência na primeira semana de vida (60%) e nos primeiros quinze dias (90%). Seus sintomas são: dificuldade de sucção, irritabilidade e choro constante. Geralmente ocorre devido à falta de acesso a serviços de saúde de qualidade.

Transmissor – A bactéria contamina o solo através das fezes de humanos e de alguns animais (especialmente o cavalo). Pode estar na pele, na poeira, em espinhos de arbustos, pequenos galhos de árvores, pregos enferrujados e em instrumentos de trabalho não esterilizados. Não existe transmissão de pessoa a pessoa.

Forma de transmissão – Por contaminação: ao utilizar substâncias ou instrumentos contaminados com a bactéria durante a manipulação do cordão umbilical ou cuidados inadequados do coto umbilical (aquele último pedaço do cordão umbilical que cairá e formará o umbigo).

Complicações – Disfunção respiratória, infecções secundárias, taquicardia, crise de hipertensão arterial, parada cardíaca, inflamação do coração, complicações pulmonares, hemorragias, fraturas de vértebras, entre outras.

Tétano Acidental

O Tétano Acidental é uma infecção grave, não contagiosa, causada pela ação de toxinas produzidas por bactérias. Sintomas: febre baixa ou ausente, tônus muscular aumentado, reflexos exagerados, espasmos ou contrações musculares que se repetem, dificuldade de engolir, contração dos músculos do rosto, rigidez de nuca e da região dorsal. A rigidez muscular acaba atingindo também os músculos do abdome e o diafragma, levando à insuficiência respiratória. As contrações nos músculos geralmente são desencadeadas por estímulos luminosos, sonoros, alterações de temperatura e manipulações do doente.

Após o contágio, os sintomas demoram de 1 dia a alguns meses para aparecer, mas geralmente se manifestam entre 3 e 21 dias. Quanto mais rápido os sintomas aparecem, maior a gravidade da infecção. Na maioria das vezes, o paciente mantém-se consciente e lúcido.

Forma de transmissão – Contato da bactéria com ferimentos (superficiais ou profundos) contaminados com terra, poeira, fezes de animais ou de humanos.

Complicações – Parada respiratória e/ou cardíaca, dificuldade respiratória, infecções secundárias, crise hipertensiva, taquicardia, fratura de vértebras, hemorragias digestiva e no cérebro, inchaço do cérebro, inflamação dos vasos sanguíneos e complicações pulmonares.

 

Coqueluche

A coqueluche é uma doença transmissível de curta duração, causada por uma bactéria, que compromete o sistema respiratório (traqueia e brônquios) e se caracteriza por crises de tosse seca. Há períodos em que podemos ter aumentos consideráveis do número de casos (períodos epidêmicos). Os sintomas levam de 5 a 10 dias para surgir, podendo permanecer de 1 a 3 semanas e, raramente, até 42 dias. Em recém-nascidos, pode resultar em morte. A doença possui 3 fases: a catarral, a de tosse recorrente e a de restabelecimento.

  • Fase catarral – Dura de 1 a 2 semanas. O doente tem febre baixa, mal-estar geral, coriza e tosse seca. A tosse vai piorando e ficando mais frequente.
  • Fase de tosse – Dura de 2 a 6 semanas. A tosse se intensifica, pode haver febre baixa com variações de temperatura ao longo do dia. Sintomas: tosse com dificuldade de respiração; língua caída para fora da boca (como cachorro); nariz entupido; às vezes, pele arroxeada e sensação de asfixia; inspiração forçada, súbita e prolongada, acompanhada de um ruído característico (o guincho) seguido de vômitos. A tosse aumenta nas duas primeiras semanas e depois vai diminuindo. Nos intervalos das crises de tosse, o paciente passa bem.
  • Fase de restabelecimento – Dura de 2 a 6 semanas, às vezes se prolonga por até 3 meses. As crises de tosse desaparecem e viram tosse comum. Nessa fase, podem ocorrer outras infecções respiratórias. Há casos de indivíduos inadequadamente vacinados ou vacinados há mais de 5 anos que apresentam tosse mas, sem o guincho característico.

Transmissor – O ser humano.

Forma de transmissão – Contato direto com o doente, através de gotículas de secreção eliminadas por tosse, espirro ou ao falar. A bactéria dificilmente sobrevive fora do homem, portanto o risco de transmissão por objetos recém-contaminados é pequeno.

Período de transmissão – De 5 dias após o contato com um doente (final do período de incubação) até 3 semanas após o início dos acessos de tosse típicos da doença. Em bebês menores de 6 meses, o período de transmissão pode prolongar-se por até 4 a 6 semanas após o início da tosse. A maior transmissibilidade ocorre na fase catarral.

Imunidade – O indivíduo torna-se imune após adquirir a doença (imunidade duradoura, mas não permanente) ou após receber vacinação adequada. Em média, de 5 a 10 anos após a última dose da vacina a proteção pode declinar.

Complicações – Pneumonia; inflamação no ouvido; ativação de Tuberculose que não havia se manifestado; complicações pulmonares; ruptura de diafragma; inflamação no cérebro; convulsões; coma; hemorragias cerebrais; hemorragia na membrana que recobre o cérebro; estrabismo; surdez; sangramento no nariz e nos olhos; inchaço na face; úlcera do freio da língua; hérnias; conjuntivite; desidratação e/ou desnutrição.

Lembre-se: não se automedique. Sempre procure seu médico. Ele poderá indicar o melhor tratamento para que você recupere sua saúde.

Vacina contra o Haemophilus Tipo B (HIB)

A principal indicação desta vacina é a prevenção da meningite causada pelo Hib. É produzida a partir de bactérias inativadas (mortas) e é indicada para crianças aos 2, 4 e 6 meses de idade. Recomenda-se tomar o reforço quando o bebê estiver entre 15 e 18 meses – a rede pública não oferece esta dose de reforço, apenas as clínicas particulares.

Pessoas acima de cinco anos de idade podem precisar da vacina em situações especiais, como indivíduos que retiraram ou irão retirar o baço ou têm anemia falciforme. Nestes casos, os médicos devem orientar a vacinação.

A Doença

A meningite é uma infecção nas meninges. Os primeiros sintomas aparecem de 2 a 4 dias após a pessoa ser infectada. Seu início geralmente é súbito, com febre, forte dor de cabeça, náuseas, vômitos e rigidez de nuca. Sinais característicos da doença são: resistência e dor ao estender o joelho com o quadril totalmente flexionado e levantamento involuntário das pernas ao levantar a cabeça do doente. Em bebês os sintomas são inespecíficos (dificilmente há rigidez de nuca e convulsões) e inicialmente apresentam sintomas comuns a outras doenças infecciosas desta idade, tais como: variação de temperatura, desconforto respiratório, irritabilidade, letargia, recusa alimentar, agitação e vômitos. Fique atento se seu bebê gritar quando você manipular suas pernas na hora de trocar a fralda, a isto chamamos de grito meníngeo e é muito comum se a criança estiver com meningite.

Transmissor – O ser humano.

Forma de transmissão – Pelo contato direto com o doente ou portador por meio das vias respiratórias.

Período de transmissão – A partir da contaminação até 48 horas após o doente ter começado o tratamento com antibióticos.

Complicações – As principais complicações são: perda da audição, distúrbio de linguagem, retardo mental, falta de coordenação motora, distúrbios visuais e morte.

Curiosidade – Meninge deriva do grego e quer dizer “membrana”. É ela que recobre o cérebro e o sistema nervoso central através de suas 3 camadas.

Lembre-se: não se automedique. Sempre procure seu médico. Ele poderá indicar o melhor tratamento para que você recupere sua saúde.

Vacina contra a Poliomielite

A vacina indicada para a prevenção da Poliomielite (paralisia infantil) é aplicada de duas formas diferentes: por via oral e injetável. Ambas são indicadas para administração aos 2, 4 e 6 meses de vida, com reforços dos 15 aos 18 meses e entre 4 a 6 anos de idade. Todas as doses devem ser administradas corretamente para se obter a proteção desejada.

Por via Oral (Sabin): é produzida com vírus vivos e enfraquecidos. Usada apenas pela rede pública, a partir da 3ª dose recomendada.

Injetável (Salk): é produzida com vírus mortos. Usada na rede privada e na rede pública – nesta última, apenas para as 2 primeiras doses.

Campanhas de vacinação contra a Poliomielite são promovidas pelo Ministério da Saúde anualmente e recomendadas a crianças até cinco anos de idade.

A Doença

A Paralisia infantil (poliomielite ou “pólio”) é uma doença altamente contagiosa transmitida por um vírus e caracteriza-se pela paralisia repentina dos músculos. Leva de 2 a 30 dias para surgirem os sintomas. Há 3 tipos diferentes de “pólio”:

Infecções assintomáticas: Ocorre entre 90% a 95% dos casos. Não há sintomas específicos e sua cura é rápida.
Poliomielite abortiva (não completa): Ocorre em cerca de 5% dos casos e os sintomas são inespecíficos, tais como febre, dor de cabeça, tosse e coriza. Em alguns casos, pode haver a manifestação de sintomas de meningite causada pelo vírus. Nesta forma, não há paralisia dos músculos.
Poliomielite Paralítica: Ocorre em apenas 1% a 1,6% dos casos. Única que possui características típicas, ou seja, a paralisia dos músculos. A evolução é rápida e em até 3 dias os músculos dos membros inferiores, na maioria das vezes, subitamente se tornam flácidos. Geralmente, essa flacidez ocorre de um único lado do corpo; a sensibilidade profunda na região fica preservada, mas acabam os reflexos; falta de coordenação motora e febre são outros sintomas que podem se manifestar. Caso os músculos respiratórios e mastigatórios fiquem paralisados, haverá risco de morte do paciente. As sequelas paralíticas desta forma de doença são muito frequentes. Esta doença encontra-se erradicada no Brasil desde o início dos anos 90.

Transmissor – O ser humano.

Forma de transmissão – Através de gotículas de secreção do doente ao falar, tossir, espirrar e também por objetos, alimentos e água contaminados com fezes de doentes ou de portadores.

Período de transmissão – Das primeiras horas após a infecção a até 1 semana o vírus pode ser encontrado nas secreções do nariz e da garganta. Através das fezes, a transmissão pode variar de 3 a 6 semanas após o contágio.

Complicações – Sequelas paralíticas; parada respiratória devido à paralisia muscular.

Lembre-se: não se automedique. Sempre procure seu médico. Ele poderá indicar o melhor tratamento para que você recupere sua saúde.

Vacina contra Rotavírus

A vacina indicada na prevenção do Rotavírus é produzida com vírus vivos atenuados e é tomada por via oral. Existem duas marcas de vacina contra o Rotavírus:

Vacina Monovalente – de uso mais comum na rede pública de saúde, é aplicada em duas doses, recomendadas aos 2 e 4 meses de idade.

Vacina Pentavalente – de uso na rede privada de saúde. É administrada em 3 doses recomendadas aos 2, 4 e 6 meses de idade. (Obs.: para esta vacina, a idade máxima para receber a primeira dose é de 3 meses e 15 dias de idade e a última dose não pode ser administrada após 7 meses e 29 dias de idade.)

As doses da vacina contra o Rotavírus podem ser administradas no mesmo dia que outras vacinas – inclusive com a Poliomielite oral. Mas lembre-se, caso a vacina contra o Rotavírus e a vacina contra Poliomielite oral não sejam realizadas no mesmo dia, deverá haver um intervalo de 15 dias entre as administrações.

A Doença

É uma infecção causada por vírus. Seus sintomas, que duram de 3 até 8 dias, são: diarreia, vômito e febre, podendo levar a desidratação. A doença, após a contaminação, leva de 2 a 4 dias para manifestar sintomas.

Transmissor – O ser humano contaminado.

Forma de transmissão – Através de água, alimentos ou objetos contaminados.

Período de transmissão – O indivíduo contaminado começa a eliminar os vírus nas fezes antes do início dos sintomas e essa eliminação persiste por até 21 dias após o início dos sintomas.

Complicações – A complicação mais frequente é a desidratação, podendo, em níveis extremos, levar à morte.

Lembre-se: não se automedique. Sempre procure seu médico. Ele poderá indicar o melhor tratamento para que você recupere sua saúde.

Vacinas Pneumocócicas

As vacinas pneumocócicas são indicadas para a prevenção das infecções causadas pelo pneumococo (ex.: pneumonia e meningite). Elas são produzidas a partir de bactérias mortas e diferem quanto ao modo de produção. Há basicamente 2 tipos de vacinas pneumocócicas:

Vacinas conjugadas – são as vacinas que fazem parte do calendário de vacinação das crianças e são administradas aos 2, 4 e 6 meses com um reforço entre 12 e 15 meses de idade. Existem dois tipos de vacina pneumocócica conjugada:
– vacina chamada “10 valente” ( utilizada na rede pública de saúde) que possui em sua composição 10 tipos de pneumococos;
– vacina “13 valente” (utilizada na rede privada) que possui em sua composição 13 tipos de pneumococos. Esta foi liberada para uso em crianças entre 6 semanas de idade até 17 anos. Também liberada para adultos acima de 50 anos (apenas uma dose) por ser grupo de alto risco da doença.
– As vacinas conjugadas têm como característica produzir uma proteção de longa duração.

Vacina polissacarídica – esta vacina pode ser administrada em pessoas com mais de 2 anos de idade e possui em sua composição 23 tipos de pneumococos, porém não confere proteção de longa duração. Seu efeito protetor dura de 3 a 5 anos, necessitando assim de doses de reforço.

Observação: Para os idosos (grupo de alto risco para a infecção pneumocócica) recomenda-se uma dose da vacina pneumocócica 13 valente conjugada e, dois meses depois, uma dose da vacina 23 valente polissacarídica, com eventual dose de reforço após 5 anos.

Importante: caso  a pessoa idosa já tenha recebido a vacina polissacarídica 23 valente, é recomendável que se espere por um intervalo de 12 meses até receber a vacina 13 valente conjugada.

A Doença

A doença pneumocócica é causada por uma bactéria (pneumococo) e esta é a maior causadora de infecção no ouvido (otite) e de outras doenças, tanto em crianças, como em adultos. Frequentemente, também causam sinusite, pneumonia, meningite e conjuntivite.

Em crianças pequenas e nas que estão na fase de amamentação, os pneumococos são as causas mais comuns de meningite bacteriana. Pode também causar infecções no coração, nos ossos e nas articulações. A doença pode levar desde 1 a 3 dias após o contágio para manifestar os primeiros sintomas.

Transmissor – O ser humano (doente ou portador sem sintomas).

Forma de transmissão – A transmissão é de pessoa para pessoa através de gotículas respiratórias. Infecções virais podem favorecer a infecção pelo Pneumococo, como, por exemplo, a Gripe (Influenza).

Período de transmissão – É transmissível enquanto houver microrganismo no nariz e na garganta do doente. Após 24 a 48 horas do início do tratamento com antibiótico, o doente deixa de transmitir a doença. Existem portadores que não manifestam a doença e podem permanecer transmitindo o Pneumococo por longo período.

Complicações – Dependem do tipo de infecção causada pelo pneumococo. Algumas, se não tratadas correta e precocemente, podem levar à morte.

Lembre-se: não se automedique. Sempre procure seu médico. Ele poderá indicar o melhor tratamento para que você recupere sua saúde.

Vacina contra Hepatite B

Vacina indicada para a prevenção da infecção do vírus B da Hepatite. É produzida a partir de técnicas de engenharia genética com a utilização do próprio vírus causador da doença. A vacina está disponível para crianças e adultos, sendo administrada em 3 doses, recebidas da seguinte forma:

Crianças

1ª dose – primeiras horas após o nascimento;

2ª dose – entre 1 e 2 meses de idade;

3ª dose – aos 6 meses de idade.

Adultos

1ª dose – na data escolhida;

2ª dose – 1 mês após a 1ª;

3ª dose – 5 meses após a 2ª.

A Doença

A Hepatite B é uma doença causada por um vírus e que pode ou não manifestar sintomas no portador. Em casos extremos, pode levar à morte. Na forma aguda (de curta duração), os sintomas vão desaparecendo aos poucos. Algumas pessoas, dependendo da idade, desenvolvem a forma crônica (de longa duração), mantendo um processo inflamatório do fígado por mais de 6 meses. A probabilidade de uma pessoa desenvolver a forma crônica é de 90% em crianças menores de 1 ano; de 20% a 50%, entre 1 e 5 anos; entre 5% e 10% em adultos.

Sintomas – mal-estar; dor de cabeça; febre baixa; anorexia; fraqueza; fadiga; dor nas articulações; náuseas; vômitos; descoanforto no tórax do lado direito; aversão a alguns alimentos e ao cigarro; icterícia (cor amarelada nos olhos) – esta geralmente se inicia quando a febre desaparece, podendo ser precedida por urina escura e fezes esbranquiçadas -; fígado aumentado; baço aumentado.

Os sintomas podem demorar de 30 até 180 dias para aparecer, após a pessoa ter-se infectado (a média fica entre 60 e 90 dias).

Transmissor – O ser humano.

Forma de transmissão – Por via sexual; transfusões de sangue; procedimentos médicos e odontológicos; hemodiálises sem as adequadas normas de biossegurança; transmissão mãe-filho (durante a gestação); por contatos íntimos em casa (compartilhamento de escova dental e lâminas de barbear); acidentes com algum tipo de sangramento; compartilhamento de seringas e de material para a realização de tatuagens e piercings.

Período de transmissão – A pessoa infectada pode passar o vírus da Hepatite B para outras pessoas de 2 a 3 semanas antes do aparecimento dos primeiros sintomas, bem como durante a evolução da doença. O portador crônico (por longo período) pode transmitir por vários anos.

Complicações – A Hepatite pode durar anos. O portador também pode desenvolver cirrose hepática e suas complicações: acúmulo de líquido no abdome, hemorragias digestivas, peritonite (inflamação da membrana que reveste o sistema digestivo), distúrbios neurológicos e câncer no fígado.

Lembre-se: não se automedique. Sempre procure seu médico. Ele poderá indicar o melhor tratamento para que você recupere sua saúde.

Vacina contra a gripe

A vacina quadrivalente contra a gripe protege contra as infecções causadas pelo vírus influenza. Como ele está sempre em mutação e há diversos tipos, cada ano são produzidas vacinas contra os principais tipos circulantes tanto no Hemisfério Sul quanto no Norte, e a composição é definida pela Organização Mundial da Saúde.

Fazem parte do grupo de risco para complicações de infecção da Influenza: crianças menores de 5 anos, gestantes, maiores de 60 anos e paciente com co-morbidades (como doenças respiratórias crônicas, doenças cardíacas crônicas, doença renal crônica, imunossupressão, e outros). Devido à curta duração de sua proteção – aproximadamente 1 ano – e à possibilidade de mudança da composição, deve-se tomar a vacina da gripe anualmente.

Devido à curta duração de sua proteção – aproximadamente 1 ano – e à possibilidade de mudança da composição, deve-se tomar a vacina contra a gripe anualmente.

Adultos e crianças a partir de 9 anos de idade: uma dose anual;
Crianças de 3 a 8 anos: duas doses, com um intervalo de um mês entre as doses, no primeiro ano da vacinação. E uma dose anual nos anos subsequentes.
Crianças abaixo de 3 anos de idade: devem receber a vacina trivalente, sendo duas doses, com intervalo de um mês entre as doses, no primeiro ano da vacinação, e uma dose anual nos anos subsequentes. *

*A dose para crianças até 35 meses equivale à metade da dose de um adulto (0,25 ml).

 A Doença

A gripe é uma doença extremamente contagiosa que acomete as vias respiratórias e é transmitida pelo vírus influenza. Há diversos tipos de vírus influenza, que se alteram frequentemente, gerando novos tipos e subtipos.

Os quadros mais comuns de gripe tem curta duração mas, devido à sua característica de fácil disseminação, exige atenção especial para grupos como idosos, pacientes com baixa imunidade e pacientes com doenças crônicas (diabetes, insuficiência renal, portadores de doenças pulmonares etc), que registram altas taxas de hospitalização.

Os primeiros sintomas costumam manifestar-se de 24 horas após o contato com o vírus até 4 dias depois e, normalmente, a pessoa tem febre (acima de 38ºC), dor de cabeça, dores nos músculos, calafrios, prostração, tosse seca, dor de garganta, espirros, coriza, garganta seca e rouquidão. Pode também apresentar pele quente e úmida, e olhos avermelhados e lacrimejantes. A febre é o sintoma mais importante, com duração média de 3 dias. Ao baixar a febre, os outros sintomas respiratórios ainda permanecem por 3 a 4 dias. Em crianças, a temperatura pode ficar elevada, sendo comum o aumento dos gânglios atrás do pescoço, quadros de bronquite, além de sintomas gástricos.

Há 3 tipos básicos do vírus da gripe: A, B e C. Estes três sofrem mutações genéticas e criam subtipos que podem ser mais ou menos perigosos. O tipo A é o que sofre mais mutações e, por isso, é o maior causador de epidemias de gripe no mundo.

Transmissor – Os vírus do tipo A podem ser encontrados em humanos, suínos, cavalos, mamíferos marinhos e aves; do tipo B ocorrem exclusivamente em humanos; os do tipo C, em humanos e suínos.

Forma de transmissão – O modo mais comum é a transmissão pessoa a pessoa por meio de gotículas expelidas pelo doente ao falar, tossir, espirrar e nas secreções respiratórias que ficam nas mãos (ao assoar o nariz, tampar a boca ao tossir etc.). Também já ocorreram casos de transmissão direta de aves e suínos para o ser humano.

Período de transmissão – A pessoa infectada pode transmitir o vírus de 2 dias antes do início dos sintomas até 5 dias após os mesmos.

Complicações – As complicações são mais comuns em idosos; asmáticos; pessoas com alguma doença pulmonar, insuficiência cardíaca, diabetes e/ou com sistema imune enfraquecido (geralmente, nestes casos, a duração é maior e a doença mais grave); gestantes (a taxa de internação hospitalar é maior até os 3 meses de gestação); pessoas com doença crônica renal ou distúrbios sanguíneos. Entre as complicações mais frequentes está a pneumonia bacteriana. Também podem ocorrer: inflamações musculares, inflamações cardíacas e complicações neurológicas graves. Crianças podem desenvolver inflamação no cérebro (encefalopatia) e problemas no fígado após o uso do ácido acetilsalicílico (AAS).

Lembre-se: não se automedique. Sempre procure seu médico. Ele poderá indicar o melhor tratamento para que você recupere sua saúde.

7 MESES

Meningococo B

O meningococo B (MenB) é um dos principais causadores de meningite bacteriana no mundo. Para se ter uma ideia da gravidade da doença, de cada dez casos, dois são fatais. As meningites bacterianas, que representam de 20% a 40% das meningites, são consideradas as mais graves, devem ser tratadas com antibióticos e requerem hospitalização em UTI, devido à alta taxa de mortalidade. Já as meningites virais, que felizmente são a maioria, são bem mais leves e em geral não exigem internação. Raramente, as meningites podem ser provocadas por fungos ou pelo bacilo de Koch, causador da tuberculose.

Indicação: Proteção contra doença meningocócica invasiva (meningite, meningococcemia) causada pelo meningococo do tipo B.

Quem pode se vacinar: Crianças a partir de 2 meses, adolescentes e adultos até 50 anos de idade.

Contraindicações: Apenas as contraindicações gerais de todas as vacinas: quadro febril agudo ou alergia grave (anafilaxia) a um dos componentes da vacina.

Esquema de doses: Crianças até 6 meses: três doses aos 3, 5 e 7 meses de idade (intervalo de 2 meses entre as doses), com um reforço entre 12 e 15 meses.

Crianças entre 7 e 11 meses: duas doses com intervalo de 2 meses e reforço entre 12 e 15 meses de idade, com intervalo mínimo de 2 meses da última dose.

Crianças entre 12 meses e 10 anos de idade: duas doses com intervalo de dois meses.

Crianças a partir de 11 anos, adolescentes e adultos: duas doses com intervalo de um mês.

Eventos Adversos: reações locais (dor, vermelhidão, inchaço e calor no local da aplicação) e febre, principalmente nas seis primeiras horas após a vacinação, que geralmente regride em 72 horas.

Via de aplicação: Intramuscular.

9 MESES

Febre Amarela

A vacina que previne a Febre Amarela é produzida a partir dos vírus causadores da doença, mas que são atenuados (enfraquecidos) para que não causem a doença. Ela é indicada a partir dos 9 meses de idade para moradores ou pessoas que visitam áreas de risco. Após a aplicação são necessários 10 dias para que a vacina produza a proteção desejada.

Esquema de vacinação:

Crianças de 9 meses até 4 anos: administrar uma dose aos 9 meses e uma segunda dose de reforço aos 4 anos de idade.

Maiores de 5 anos de idade recebem uma dose e um reforço após 10 anos da primeira dose. São consideradas protegidas todas as pessoas, maiores de 5 anos, que já tenham recebido duas doses da vacina.

Na vacinação em maiores de 60 anos deve ser considerado o risco / benefício por parte do médico.

É recomendada a vacinação para:

Moradores, viajantes ou pessoas que se desloquem para uma área em que haja casos da doença;

Viajantes que se dirijam a algum país que exija um Certificado Internacional de Vacinação;

Pessoas que manipulam material potencialmente infectado (ex.: técnicos de laboratório).

Observação: Ainda há várias regiões do Brasil em que existe risco de casos de febre amarela (Região Norte, Região Centro Oeste, parte da Região Sul, parte da Região Sudeste e alguns estados do Nordeste). Por isso, é indicado tomar a vacina.

A Doença

A Febre Amarela é causada por um vírus e transmitida por um mosquito. Ela dura no máximo 12 dias, sendo que os primeiros sintomas podem aparecer entre 3 a 6 dias após a picada. São eles: febre alta, calafrios, fortes dores de cabeça, dores musculares, prostração, náuseas e vômitos. Estes sintomas duram em média 3 dias. Após este período, a febre tende a baixar e os outros sintomas vão se amenizando, o que pode durar algumas horas ou até 2 dias. Este é um momento crítico porque, a partir daí, a pessoa pode ficar curada ou desenvolver a forma grave da doença, que pode levar à morte.

Na forma grave, há um aumento da febre, diarreia, vômitos (com aspecto de borra de café); insuficiência hepática (do fígado) e renal; a pessoa fica amarelada; elimina pouca quantidade de urina e tem prostração intensa. Ela pode apresentar sangramento através da urina, fezes, vômitos, pelo nariz, boca e cérebro. Há também a possibilidade do doente ter confusão mental, não reconhecendo pessoas e lugares – esta situação pode evoluir para o coma.

Transmissor e forma de transmissão – há dois tipos de Febre Amarela:

Febre Amarela Urbana (FAU): é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti e seus hospedeiros são os homens (homem doente -> mosquito -> homem sadio)

Febre Amarela Silvestre (FAS): é transmitida por um mosquito silvestre diretamente para um macaco (macaco doente -> mosquito -> macaco sadio). Quando o homem entra em uma região de mata pode ser picado pelo mosquito que picou um macaco doente e, a partir daí, desenvolver a doença.

Período de transmissão – O sangue do doente pode transmitir a doença de 24 a 48 horas antes de aparecerem os primeiros sintomas e de 3 a 5 dias após seu início.

Atenção: O mosquito transmissor da Febre Amarela Urbana (Aedes Aegypti) também transmite a Dengue. Por isso, é importante eliminarmos os criadouros. Assim podemos evitar 2 tipos de doença.

Curiosidades sobre o mosquito:

É sempre a fêmea do mosquito quem pica a pessoa e transmite a doença.

Após picar uma pessoa já infectada, o mosquito leva entre 9 a 12 dias para se tornar transmissor da febre amarela e até o fim de sua vida transmitirá a doença.

Lembre-se: não se automedique. Sempre procure seu médico. Ele poderá indicar o melhor tratamento para que você recupere sua saúde.

12 MESES

Hepatite A

A vacina da Hepatite A é indicada para prevenir a doença causada pelo vírus A da Hepatite e é produzida a partir de vírus mortos. Pessoas a partir de 1 ano de idade já podem tomá-la.

Ela está disponível nas versões pediátrica e adulto e a idade limite para o uso dessas apresentações pode variar de acordo com o fabricante. O esquema padrão de vacinação é de duas doses, com intervalo de 6 a 12 meses entre a 1ª e a 2ª dose.

Pelo calendário de vacinação infantil, está indicada uma primeira dose com 12 meses de idade e a segunda dose aos 18 meses.

A Doença

A Hepatite A é uma doença causada por um vírus. Os sintomas são parecidos com os da gripe, porém também ocorrem alterações no fígado e a pessoa fica com as mucosas amareladas (quanto mais velha, mais chances de ficar com uma aparência amarelada). Há casos em que o paciente não desenvolve sintoma nenhum; em outros, surgem poucos sintomas e são raras as vezes em que a pessoa falece.

Dividimos a doença da seguinte forma:

Incubação (do contágio até os primeiros sintomas) – Varia de 15 a 45 dias (média de 30 dias);
Fase inicial ou pré-amarelada (pré-ictérica) – Duração média de 7 dias. Surgem: mal-estar, dores de cabeça, febre baixa, falta de apetite, fraqueza, fadiga intensa, dor nas articulações, náuseas, vômitos, desconforto abdominal (na região abaixo das costelas do lado direito), aversão a alguns alimentos e à fumaça de cigarro;
Fase do amarelado (fase ictérica) – Dura de 4 a 6 semanas. De 2 a 3 dias antes, a urina fica escura. Pode ocorrer coceira, fezes claras, aumento do fígado e do baço. A febre, a dor nas articulações e a dor de cabeça vão desaparecendo.
Recuperação – Retorno da sensação de bem-estar. A cor amarelada vai desaparecendo e as fezes e a urina voltam à sua coloração normal.

Transmissor – Principalmente o ser humano. Também primatas, como chimpanzés e saguis.

Forma de transmissão – Através das fezes contaminadas da pessoa doente que contamina a pessoa sadia através da boca (fecal-oral); por água contaminada; alimentos contaminados; no contato direto com o doente ou através de objetos contaminados. A transmissão através de ferimentos na pele e por transfusão de sangue é rara.

Período de transmissão – De 2 semanas antes do início dos sintomas até o final da segunda semana de doença.

Complicações – O prolongamento da doença por vários meses, podendo chegar a até 1 ano, é muito raro. Através dos exames TGP e TGO (transaminases) é possível controlar se as enzimas do fígado estão em níveis muito elevados. A forma mais grave da Hepatite A (fulminante) apresenta letalidade de 40% a 80%. Nesses casos, ocorre a morte de várias células do fígado (necrose), e os primeiros sinais e sintomas são brandos e inespecíficos. A pessoa fica amarelada (com icterícia) e indisposta, sua urina escurece, a coagulação do sangue fica anormal, a insuficiência do fígado instala-se entre 10 e 30 dias e o paciente entra em coma em poucos dias.

Lembre-se: não se automedique. Sempre procure seu médico. Ele poderá indicar o melhor tratamento para que você recupere sua saúde.

Vacina Tríplice Viral contra Sarampo, Rubéola e Caxumba (SRC)

A vacina Tríplice Viral é indicada para a prevenção do Sarampo, da Caxumba e da Rubéola, em todas as faixas etárias. É produzida com vírus vivos atenuados causadores das doenças.

Crianças a partir dos 12 meses devem tomá-la e uma dose de reforço está indicada 3 meses após a primeira (este reforço não deverá ultrapassar os 24 meses de idade).

Em adolescentes e adultos com menos de 50 anos, sem comprovação de vacinação prévia, a vacina pode ser aplicada na data escolhida e uma segunda dose 1 a 3 meses após a primeira. (Caso tenham sido vacinados com apenas uma dose, deverão receber mais uma dose da vacina). O desejável é que todo adolescente e adulto tenha sido vacinado com pelo menos duas doses durante a vida.

Adultos acima de 50 anos que nunca tenham sido vacinados, considerar a aplicação de apenas 1 dose, em situações de risco aumentado.

A Doença

O sarampo é uma doença causada por um vírus e é extremamente contagiosa. Demora de 7 até 18 dias para surgirem os primeiros sintomas, após o contato com a pessoa doente, sendo que as manchas avermelhadas aparecem em torno do 14º dia. A evolução apresenta três períodos bem definidos:

Período de tosse com muco – Tem duração de 6 dias. No início da doença, surge febre, acompanhada de tosse com catarro, coriza, conjuntivite e intolerância à luz. Nas últimas 24 horas deste período, surgem, na gengiva, pequenas manchas brancas envoltas por um círculo avermelhado.

Período das manchas avermelhadas – Dura entre 5 a 6 dias. Os sintomas se agravam, o doente fica enfraquecido e surgem manchas avermelhadas atrás da orelha (parecidas com picadas de mosquito), que após 2 ou 3 dias se espalham para o rosto e o resto do corpo.

Período de descamação – As manchas tornam-se escurecidas e surge descamação fina, lembrando farinha.

Transmissor – O ser humano contaminado.

Forma de transmissão – Diretamente de pessoa a pessoa, através das secreções expelidas ao tossir, espirrar, falar ou respirar.

Período de transmissão – De 4 a 6 dias antes e até 4 dias após o aparecimento das manchas avermelhadas.

Complicações – Infecções respiratórias, pneumonias, infecções de ouvido, laringite, diarreias, inflamação generalizada do cérebro, entre outras.

Caxumba

A Caxumba – também conhecida como papeira ou parotidite infecciosa – é causada por um vírus e caracteriza-se por febre e aumento de volume na região da bochecha, perto do ouvido ou no pescoço. É uma doença altamente contagiosa, que ocorre principalmente em crianças, mas que também pode acometer adultos. Em 20% a 30% dos casos nos homens ocorre complicações como a inflamação nos testículos, enquanto que apenas 5% das mulheres desenvolvem inflamação nos ovários. Os sintomas demoram de 12 a 25 dias para aparecerem, após o contato com a pessoa doente.

Transmissor – O ser humano.

Forma de transmissão – Através de gotículas expelidas pelo doente ao falar, tossir, espirrar.

Período de transmissão – Varia entre 6 a 7 dias antes do surgimento dos sintomas a até 9 dias após o surgimento destes. O vírus pode ser encontrado na urina até 14 dias após o início da doença.

Complicações – Meningite causada pelo vírus; surdez em um dos ouvidos; diversos tipos de inflamações (no pâncreas, na tireoide, nos nervos, nos testículos, nos ovários, no coração e nos rins); esterilidade. Raramente, o cérebro pode ficar inchado e levar ao óbito.

Rubéola

A rubéola é uma doença causada por um vírus e caracteriza-se por febre baixa e pequenas manchas avermelhadas na pele, que se iniciam na face, couro cabeludo e pescoço, espalhando-se para tronco e membros. Cinco a dez dias antes de aparecerem as manchas, há um aumento dos gânglios na nuca, atrás do ouvido e na parte de trás do pescoço. Adolescentes e adultos podem apresentar dor e inflamação nas articulações, conjuntivite, coriza e tosse.

Demora de 12 até 21 dias (a média é de 17 dias) para os primeiros sintomas aparecerem após a pessoa ser infectada. Entre 25% a 50% das infecções pelo vírus da Rubéola não apresentam sinais característicos da doença.

Transmissor – O ser humano.

Forma de transmissão – Pelo contato com secreções respiratórias de pessoas infectadas.

Período de transmissão – De 5 a 7 dias antes do início das manchas avermelhadas e de 5 a 7 dias após seu aparecimento.

Complicações – Gestantes que adquirem a doença até o 5º mês de gravidez podem vir a ter aborto ou o bebê pode nascer com problemas de coração, catarata, surdez e até mesmo morto.

Lembre-se: não se automedique. Sempre procure seu médico. Ele poderá indicar o melhor tratamento para que você recupere sua saúde.

Vacina contra Varicela (catapora)

Indicada para prevenir a catapora em crianças e adultos. É produzida a partir de vírus enfraquecidos que causam a doença. Crianças a partir dos 12 meses devem tomá-la e uma dose de reforço está indicada 3 meses após a primeira (este reforço não deverá ultrapassar os 24 meses de idade).

Adolescentes e adultos, sem comprovação de vacinação prévia, tomam duas doses, sendo que a segunda deve ser de 1 a 3 meses depois da primeira.

Observação: A marca de vacina GSK possibilita que crianças sejam vacinadas a partir dos 9 meses de idade (sob orientação médica). Nesse caso, duas outras doses serão necessárias após a criança completar 1 ano de idade.

A Doença

A catapora (ou varicela) é uma doença altamente cotagiosa causada por um vírus. É caracterizada por erupções na pele, manchas vermelhas arredondadas e salientes por todo o corpo, que depois se transformam em pequenas bolhas parecidas com as de queimadura, com um líquido claro dentro. Em pouco tempo, essas bolhas escurecem e em seguida viram crostas. Este ciclo se repete durante a doença.

O período entre o contágio e a manifestação da doença pode durar de 14 a 16 dias. Pacientes que estejam com baixa imunidade podem apresentar os sintomas mais cedo. Adolescentes e adultos, em geral, sofrem mais com os sintomas do que as crianças.

Transmissor – O ser humano.

Forma de transmissão – A pessoa infectada pode transmitir a doença através de gotículas que ficam espalhadas pelo ar quando ela espirra, tosse, fala ou mesmo quando respira perto de alguém. Objetos contaminados com as secreções do doente também podem transmitir a catapora. A porcentagem de contaminação através do contato com as bolhas e crostas é razoavelmente pequena.

Período de transmissão – Pode variar entre 1 e 2 dias antes da erupção até 5 dias após o surgimento do primeiro grupo de bolhas.

Complicações – A catapora ainda pode causar algumas complicações: infecções na pele que podem evoluir para uma infecção generalizada (sepse); inflamação nas articulações; problemas renais; pneumonia; problemas cardíacos; inflamação no cérebro (encefalite, meningite). O uso de ácido acetilsalicílico (AAS), principalmente por crianças, pode causar problemas neurológicos e no fígado. Em gestantes, a catapora pode causar infecção no feto, com mal formações (Síndrome da Varicela Congênita). Já as pessoas com a imunidade baixa podem desenvolver a formas de Catapora mais graves e com grande risco de morte.

Lembre-se: não se automedique. Sempre procure seu médico. Ele poderá indicar o melhor tratamento para que você recupere sua saúde.

12-15 MESES

Vacinas Pneumocócicas

As vacinas pneumocócicas são indicadas para a prevenção das infecções causadas pelo pneumococo (ex.: pneumonia e meningite). Elas são produzidas a partir de bactérias mortas e diferem quanto ao modo de produção. Há basicamente 2 tipos de vacinas pneumocócicas:

Vacinas conjugadas – são as vacinas que fazem parte do calendário de vacinação das crianças e são administradas aos 2, 4 e 6 meses com um reforço entre 12 e 15 meses de idade. Existem dois tipos de vacina pneumocócica conjugada:
– vacina chamada “10 valente” ( utilizada na rede pública de saúde) que possui em sua composição 10 tipos de pneumococos;
– vacina “13 valente” (utilizada na rede privada) que possui em sua composição 13 tipos de pneumococos. Esta foi liberada para uso em crianças entre 6 semanas de idade até 17 anos. Também liberada para adultos acima de 50 anos (apenas uma dose) por ser grupo de alto risco da doença.
– As vacinas conjugadas têm como característica produzir uma proteção de longa duração.

Vacina polissacarídica – esta vacina pode ser administrada em pessoas com mais de 2 anos de idade e possui em sua composição 23 tipos de pneumococos, porém não confere proteção de longa duração. Seu efeito protetor dura de 3 a 5 anos, necessitando assim de doses de reforço.

Observação: Para os idosos (grupo de alto risco para a infecção pneumocócica) recomenda-se uma dose da vacina pneumocócica 13 valente conjugada e, dois meses depois, uma dose da vacina 23 valente polissacarídica, com eventual dose de reforço após 5 anos.

Importante: caso  a pessoa idosa já tenha recebido a vacina polissacarídica 23 valente, é recomendável que se espere por um intervalo de 12 meses até receber a vacina 13 valente conjugada.

A Doença

A doença pneumocócica é causada por uma bactéria (pneumococo) e esta é a maior causadora de infecção no ouvido (otite) e de outras doenças, tanto em crianças, como em adultos. Frequentemente, também causam sinusite, pneumonia, meningite e conjuntivite.

Em crianças pequenas e nas que estão na fase de amamentação, os pneumococos são as causas mais comuns de meningite bacteriana. Pode também causar infecções no coração, nos ossos e nas articulações. A doença pode levar desde 1 a 3 dias após o contágio para manifestar os primeiros sintomas.

Transmissor – O ser humano (doente ou portador sem sintomas).

Forma de transmissão – A transmissão é de pessoa para pessoa através de gotículas respiratórias. Infecções virais podem favorecer a infecção pelo Pneumococo, como, por exemplo, a Gripe (Influenza).

Período de transmissão – É transmissível enquanto houver microrganismo no nariz e na garganta do doente. Após 24 a 48 horas do início do tratamento com antibiótico, o doente deixa de transmitir a doença. Existem portadores que não manifestam a doença e podem permanecer transmitindo o Pneumococo por longo período.

Complicações – Dependem do tipo de infecção causada pelo pneumococo. Algumas, se não tratadas correta e precocemente, podem levar à morte.

Lembre-se: não se automedique. Sempre procure seu médico. Ele poderá indicar o melhor tratamento para que você recupere sua saúde.

Vacina Meningocócica

As vacinas meningocócicas são indicadas para a prevenção das infecções causadas pelos meningococos (bactérias) – particularmente a meningite meningocócica.

Atualmente, no Brasil, dispomos de dois tipos de vacinas meningocócicas:

Vacina meningocócica do grupo C conjugada: indicada aos 3 e 5 meses, com reforços entre 12 e 15 meses idade e entre 5 a 6 anos. Recomenda-se que os reforços sejam feitos com a vacina meningocócica A,C,W e Y e, nesse caso, uma dose de reforço aos 11 anos de idade também é recomendada.

Pessoas com mais de 1 ano recebem dose única – ela pode ser aplicada em qualquer faixa etária.

Vacina meningocócica quadrivalente (ou tetravalente conjugada): protege contra os meningococos dos grupos A, C, W e Y. Indicada para pessoas a partir de 1 ano de idade.  Em adolescentes, considerar uma dose de reforço 5 anos após a primeira dose. Em idosos, esta vacina deve ser considerada em situações de risco aumentado.

A Doença

A doença Meningocócica é uma infecção causada por uma bactéria chamada Meningococo, que pode causar doenças desde formas leves, que simula uma infecção respiratória, até formas muito graves, que são as mais comuns, com uma infecção generalizada (septicemia). Neste último caso, os sintomas são: mal estar súbito, febre alta, calafrios, prostração e pequenos pontos avermelhados na pele (alguns são semelhantes a picadas de inseto e outros, a hematomas). Os casos mais graves também podem causar uma meningite e, então, a pessoa terá os seguintes sintomas: febre, dor de cabeça intensa, náuseas, vômitos e rigidez de nuca. O paciente pode apresentar-se consciente, sonolento, torporoso ou em coma. Entre 2 até 10 dias é o tempo que leva para surgirem os primeiros sintomas (sendo a média de 3 a 4 dias).

Outra forma da doença é a meningoencefalite (inflamação do cérebro e de suas membranas), na qual ocorre a importante perda da capacidade de comunicação do paciente.

Observação: Bebês ainda amamentando apresentam um quadro diferenciado. Por isso, deve-se observar: febre, irritabilidade ou agitação, gemido de dor ao mexer em suas pernas, recusa alimentar, vômitos, convulsões e o surgimento de uma protuberância arredondada no topo da cabeça do bebê.

Transmissão – O ser humano doente ou o portador não doente.

Forma de transmissão – Contato íntimo de pessoa a pessoa (indivíduos que residem no mesmo domicílio ou que compartilhem o mesmo dormitório em internatos, quartéis, creches etc.), por meio de gotículas de saliva e outras secreções do nariz e da garganta.

Período de transmissão – É transmissível enquanto a bactéria estiver na garganta e no nariz. Em geral, ela desaparece da garganta 24 horas após o início do tratamento com antibióticos.

Complicações – As sequelas podem ser: feridas na pele (necroses), surdez, inflamação nas articulações, problemas cardíacos, paralisias, alterações no cérebro, entre outras.

Lembre-se: não se automedique. Sempre procure seu médico. Ele poderá indicar o melhor tratamento para que você recupere sua saúde.

15-18 MESES

Tríplice Bacteriana

A vacina Tríplice Bacteriana (DTP) é indicada para a prevenção da Difteria, do Tétano e da Coqueluche. Ela possui substâncias não tóxicas produzidas pela bactéria da difteria e do tétano, além da bactéria causadora da Coqueluche na forma inativada. Existem dois tipos de vacinas: uma chamada de células inteiras, de utilização mais frequente na rede publica de saúde, e outra chamada de acelular (mais purificada), utilizada na rede privada de saúde. A principal diferença entre ambas é que a vacina acelular tem menor probabilidade de causar reações adversas graves quando comparada com a vacina de células inteiras.

Esta vacina está indicada para crianças aos 2, 4 e 6 meses de idade com reforços entre 15 e 18 meses e entre 4 a 6 anos de idade. A partir deste último reforço, estão indicadas novas doses a cada 10 anos, durante toda a vida.

Para vacinação de adolescentes, adultos e idosos, utilizamos a vacina dTPa do tipo adulto, na rede privada de saúde, ou a dT (dupla tipo adulto), na rede pública. Pessoas com esquemas incompletos de vacinação (3 doses), deverão completá-lo. Estando em dia a vacinação (as 3 doses), basta apenas um reforço a cada 10 anos.

Esta vacina também minimiza a transmissão do agente causador da Coqueluche dos pais para os recém-nascidos. Assim sendo, mulheres (principalmente gestantes) devem ficar atentas à vacinação. Idosos desenvolvem com maior frequência complicações da coqueluche, portanto devem ter o calendário em dia.

A Doença

A difteria (ou crupe) é uma doença transmissível causada por uma bactéria que frequentemente se aloja nas amígdalas, faringe, laringe ou nariz e que produz placas esbranquiçadas nos locais afetados. Em pouquíssimos casos ela se aloja nos olhos, pele, ouvido, vulva, pênis (pós-circuncisão) ou cordão umbilical. Após a infecção, leva de 1 a 6 dias para surgirem os primeiros sintomas: prostração, palidez, leve dor de garganta e febre não muito alta (37,5°C – 38,5°C). Em casos mais graves, há intenso aumento do pescoço e da região da mandíbula. Se a quantidade de placas impedir a respiração, é necessário fazer uma traqueostomia – procedimento cirúrgico que faz um “furo no pescoço” para facilitar a entrada de ar – para evitar a morte. As gestantes podem passar a proteção adquirida com a vacina (anticorpos) para o bebê através da placenta, protegendo-o nos primeiros meses de vida.

Transmissor – O ser humano.

Forma de transmissão – Através de gotículas de secreção do portador da doença eliminadas por tosse, espirro ou ao falar. A transmissão por objetos recém-contaminados com secreções do doente ou de lesões em outras localizações é pouco frequente.

Período de transmissão – Em média, até 2 semanas após o início dos sintomas. Na maioria dos casos, o tratamento adequado mata a bactéria entre 24 e 48 horas. O doente não tratado pode transmitir a infecção por 6 meses ou mais.

Complicações – Inflamação do coração, inflamação nos nervos, lesões renais e insuficiência renal.

Tétano Neonatal

O tétano neonatal (também conhecido como tétano umbilical ou “mal de sete dias”) é uma doença grave, de curta duração, não contagiosa, transmitida por uma bactéria e evitável através de vacinação. Acomete o recém-nascido nos primeiros 28 dias de vida, com maior frequência na primeira semana de vida (60%) e nos primeiros quinze dias (90%). Seus sintomas são: dificuldade de sucção, irritabilidade e choro constante. Geralmente ocorre devido à falta de acesso a serviços de saúde de qualidade.

Transmissor – A bactéria contamina o solo através das fezes de humanos e de alguns animais (especialmente o cavalo). Pode estar na pele, na poeira, em espinhos de arbustos, pequenos galhos de árvores, pregos enferrujados e em instrumentos de trabalho não esterilizados. Não existe transmissão de pessoa a pessoa.

Forma de transmissão – Por contaminação: ao utilizar substâncias ou instrumentos contaminados com a bactéria durante a manipulação do cordão umbilical ou cuidados inadequados do coto umbilical (aquele último pedaço do cordão umbilical que cairá e formará o umbigo).

Complicações – Disfunção respiratória, infecções secundárias, taquicardia, crise de hipertensão arterial, parada cardíaca, inflamação do coração, complicações pulmonares, hemorragias, fraturas de vértebras, entre outras.

Tétano Acidental

O Tétano Acidental é uma infecção grave, não contagiosa, causada pela ação de toxinas produzidas por bactérias. Sintomas: febre baixa ou ausente, tônus muscular aumentado, reflexos exagerados, espasmos ou contrações musculares que se repetem, dificuldade de engolir, contração dos músculos do rosto, rigidez de nuca e da região dorsal. A rigidez muscular acaba atingindo também os músculos do abdome e o diafragma, levando à insuficiência respiratória. As contrações nos músculos geralmente são desencadeadas por estímulos luminosos, sonoros, alterações de temperatura e manipulações do doente.

Após o contágio, os sintomas demoram de 1 dia a alguns meses para aparecer, mas geralmente se manifestam entre 3 e 21 dias. Quanto mais rápido os sintomas aparecem, maior a gravidade da infecção. Na maioria das vezes, o paciente mantém-se consciente e lúcido.

Forma de transmissão – Contato da bactéria com ferimentos (superficiais ou profundos) contaminados com terra, poeira, fezes de animais ou de humanos.

Complicações – Parada respiratória e/ou cardíaca, dificuldade respiratória, infecções secundárias, crise hipertensiva, taquicardia, fratura de vértebras, hemorragias digestiva e no cérebro, inchaço do cérebro, inflamação dos vasos sanguíneos e complicações pulmonares.

Coqueluche

A coqueluche é uma doença transmissível de curta duração, causada por uma bactéria, que compromete o sistema respiratório (traqueia e brônquios) e se caracteriza por crises de tosse seca. Há períodos em que podemos ter aumentos consideráveis do número de casos (períodos epidêmicos). Os sintomas levam de 5 a 10 dias para surgir, podendo permanecer de 1 a 3 semanas e, raramente, até 42 dias. Em recém-nascidos, pode resultar em morte. A doença possui 3 fases: a catarral, a de tosse recorrente e a de restabelecimento.

Fase catarral – Dura de 1 a 2 semanas. O doente tem febre baixa, mal-estar geral, coriza e tosse seca. A tosse vai piorando e ficando mais frequente.
Fase de tosse – Dura de 2 a 6 semanas. A tosse se intensifica, pode haver febre baixa com variações de temperatura ao longo do dia. Sintomas: tosse com dificuldade de respiração; língua caída para fora da boca (como cachorro); nariz entupido; às vezes, pele arroxeada e sensação de asfixia; inspiração forçada, súbita e prolongada, acompanhada de um ruído característico (o guincho) seguido de vômitos. A tosse aumenta nas duas primeiras semanas e depois vai diminuindo. Nos intervalos das crises de tosse, o paciente passa bem.
Fase de restabelecimento – Dura de 2 a 6 semanas, às vezes se prolonga por até 3 meses. As crises de tosse desaparecem e viram tosse comum. Nessa fase, podem ocorrer outras infecções respiratórias. Há casos de indivíduos inadequadamente vacinados ou vacinados há mais de 5 anos que apresentam tosse mas, sem o guincho característico.

Transmissor – O ser humano.

Forma de transmissão – Contato direto com o doente, através de gotículas de secreção eliminadas por tosse, espirro ou ao falar. A bactéria dificilmente sobrevive fora do homem, portanto o risco de transmissão por objetos recém-contaminados é pequeno.

Período de transmissão – De 5 dias após o contato com um doente (final do período de incubação) até 3 semanas após o início dos acessos de tosse típicos da doença. Em bebês menores de 6 meses, o período de transmissão pode prolongar-se por até 4 a 6 semanas após o início da tosse. A maior transmissibilidade ocorre na fase catarral.

Imunidade – O indivíduo torna-se imune após adquirir a doença (imunidade duradoura, mas não permanente) ou após receber vacinação adequada. Em média, de 5 a 10 anos após a última dose da vacina a proteção pode declinar.

Complicações – Pneumonia; inflamação no ouvido; ativação de Tuberculose que não havia se manifestado; complicações pulmonares; ruptura de diafragma; inflamação no cérebro; convulsões; coma; hemorragias cerebrais; hemorragia na membrana que recobre o cérebro; estrabismo; surdez; sangramento no nariz e nos olhos; inchaço na face; úlcera do freio da língua; hérnias; conjuntivite; desidratação e/ou desnutrição.

Lembre-se: não se automedique. Sempre procure seu médico. Ele poderá indicar o melhor tratamento para que você recupere sua saúde.

Vacina contra o Haemophilus Tipo B (HIB)

A principal indicação desta vacina é a prevenção da meningite causada pelo Hib. É produzida a partir de bactérias inativadas (mortas) e é indicada para crianças aos 2, 4 e 6 meses de idade. Recomenda-se tomar o reforço quando o bebê estiver entre 15 e 18 meses – a rede pública não oferece esta dose de reforço, apenas as clínicas particulares.

Pessoas acima de cinco anos de idade podem precisar da vacina em situações especiais, como indivíduos que retiraram ou irão retirar o baço ou têm anemia falciforme. Nestes casos, os médicos devem orientar a vacinação.

A Doença

A meningite é uma infecção nas meninges. Os primeiros sintomas aparecem de 2 a 4 dias após a pessoa ser infectada. Seu início geralmente é súbito, com febre, forte dor de cabeça, náuseas, vômitos e rigidez de nuca. Sinais característicos da doença são: resistência e dor ao estender o joelho com o quadril totalmente flexionado e levantamento involuntário das pernas ao levantar a cabeça do doente. Em bebês os sintomas são inespecíficos (dificilmente há rigidez de nuca e convulsões) e inicialmente apresentam sintomas comuns a outras doenças infecciosas desta idade, tais como: variação de temperatura, desconforto respiratório, irritabilidade, letargia, recusa alimentar, agitação e vômitos. Fique atento se seu bebê gritar quando você manipular suas pernas na hora de trocar a fralda, a isto chamamos de grito meníngeo e é muito comum se a criança estiver com meningite.

Transmissor – O ser humano.

Forma de transmissão – Pelo contato direto com o doente ou portador por meio das vias respiratórias.

Período de transmissão – A partir da contaminação até 48 horas após o doente ter começado o tratamento com antibióticos.

Complicações – As principais complicações são: perda da audição, distúrbio de linguagem, retardo mental, falta de coordenação motora, distúrbios visuais e morte.

Curiosidade – Meninge deriva do grego e quer dizer “membrana”. É ela que recobre o cérebro e o sistema nervoso central através de suas 3 camadas.

Lembre-se: não se automedique. Sempre procure seu médico. Ele poderá indicar o melhor tratamento para que você recupere sua saúde.

Vacina contra a Poliomielite

A vacina indicada para a prevenção da Poliomielite (paralisia infantil) é aplicada de duas formas diferentes: por via oral e injetável. Ambas são indicadas para administração aos 2, 4 e 6 meses de vida, com reforços dos 15 aos 18 meses e entre 4 a 6 anos de idade. Todas as doses devem ser administradas corretamente para se obter a proteção desejada.

Por via Oral (Sabin): é produzida com vírus vivos e enfraquecidos. Usada apenas pela rede pública, a partir da 3ª dose recomendada.

Injetável (Salk): é produzida com vírus mortos. Usada na rede privada e na rede pública – nesta última, apenas para as 2 primeiras doses.

Campanhas de vacinação contra a Poliomielite são promovidas pelo Ministério da Saúde anualmente e recomendadas a crianças até cinco anos de idade.

A Doença

A Paralisia infantil (poliomielite ou “pólio”) é uma doença altamente contagiosa transmitida por um vírus e caracteriza-se pela paralisia repentina dos músculos. Leva de 2 a 30 dias para surgirem os sintomas. Há 3 tipos diferentes de “pólio”:

  • Infecções assintomáticas: Ocorre entre 90% a 95% dos casos. Não há sintomas específicos e sua cura é rápida.
  • Poliomielite abortiva (não completa): Ocorre em cerca de 5% dos casos e os sintomas são inespecíficos, tais como febre, dor de cabeça, tosse e coriza. Em alguns casos, pode haver a manifestação de sintomas de meningite causada pelo vírus. Nesta forma, não há paralisia dos músculos.
  • Poliomielite Paralítica: Ocorre em apenas 1% a 1,6% dos casos. Única que possui características típicas, ou seja, a paralisia dos músculos. A evolução é rápida e em até 3 dias os músculos dos membros inferiores, na maioria das vezes, subitamente se tornam flácidos. Geralmente, essa flacidez ocorre de um único lado do corpo; a sensibilidade profunda na região fica preservada, mas acabam os reflexos; falta de coordenação motora e febre são outros sintomas que podem se manifestar. Caso os músculos respiratórios e mastigatórios fiquem paralisados, haverá risco de morte do paciente. As sequelas paralíticas desta forma de doença são muito frequentes. Esta doença encontra-se erradicada no Brasil desde o início dos anos 90.

Transmissor – O ser humano.

Forma de transmissão – Através de gotículas de secreção do doente ao falar, tossir, espirrar e também por objetos, alimentos e água contaminados com fezes de doentes ou de portadores.

Período de transmissão – Das primeiras horas após a infecção a até 1 semana o vírus pode ser encontrado nas secreções do nariz e da garganta. Através das fezes, a transmissão pode variar de 3 a 6 semanas após o contágio.

Complicações – Sequelas paralíticas; parada respiratória devido à paralisia muscular.

Lembre-se: não se automedique. Sempre procure seu médico. Ele poderá indicar o melhor tratamento para que você recupere sua saúde.

Vacina Tríplice Viral contra Sarampo, Rubéola e Caxumba (SRC)

A vacina Tríplice Viral é indicada para a prevenção do Sarampo, da Caxumba e da Rubéola, em todas as faixas etárias. É produzida com vírus vivos atenuados causadores das doenças.

Crianças a partir dos 12 meses devem tomá-la e uma dose de reforço está indicada 3 meses após a primeira (este reforço não deverá ultrapassar os 24 meses de idade).

Em adolescentes e adultos com menos de 50 anos, sem comprovação de vacinação prévia, a vacina pode ser aplicada na data escolhida e uma segunda dose 1 a 3 meses após a primeira. (Caso tenham sido vacinados com apenas uma dose, deverão receber mais uma dose da vacina). O desejável é que todo adolescente e adulto tenha sido vacinado com pelo menos duas doses durante a vida.

Adultos acima de 50 anos que nunca tenham sido vacinados, considerar a aplicação de apenas 1 dose, em situações de risco aumentado.

A Doença

O sarampo é uma doença causada por um vírus e é extremamente contagiosa. Demora de 7 até 18 dias para surgirem os primeiros sintomas, após o contato com a pessoa doente, sendo que as manchas avermelhadas aparecem em torno do 14º dia. A evolução apresenta três períodos bem definidos:

Período de tosse com muco – Tem duração de 6 dias. No início da doença, surge febre, acompanhada de tosse com catarro, coriza, conjuntivite e intolerância à luz. Nas últimas 24 horas deste período, surgem, na gengiva, pequenas manchas brancas envoltas por um círculo avermelhado.
Período das manchas avermelhadas – Dura entre 5 a 6 dias. Os sintomas se agravam, o doente fica enfraquecido e surgem manchas avermelhadas atrás da orelha (parecidas com picadas de mosquito), que após 2 ou 3 dias se espalham para o rosto e o resto do corpo.
Período de descamação – As manchas tornam-se escurecidas e surge descamação fina, lembrando farinha.

Transmissor – O ser humano contaminado.

Forma de transmissão – Diretamente de pessoa a pessoa, através das secreções expelidas ao tossir, espirrar, falar ou respirar.

Período de transmissão – De 4 a 6 dias antes e até 4 dias após o aparecimento das manchas avermelhadas.

Complicações – Infecções respiratórias, pneumonias, infecções de ouvido, laringite, diarreias, inflamação generalizada do cérebro, entre outras.

Caxumba

A Caxumba – também conhecida como papeira ou parotidite infecciosa – é causada por um vírus e caracteriza-se por febre e aumento de volume na região da bochecha, perto do ouvido ou no pescoço. É uma doença altamente contagiosa, que ocorre principalmente em crianças, mas que também pode acometer adultos. Em 20% a 30% dos casos nos homens ocorre complicações como a inflamação nos testículos, enquanto que apenas 5% das mulheres desenvolvem inflamação nos ovários. Os sintomas demoram de 12 a 25 dias para aparecerem, após o contato com a pessoa doente.

Transmissor – O ser humano.

Forma de transmissão – Através de gotículas expelidas pelo doente ao falar, tossir, espirrar.

Período de transmissão – Varia entre 6 a 7 dias antes do surgimento dos sintomas a até 9 dias após o surgimento destes. O vírus pode ser encontrado na urina até 14 dias após o início da doença.

Complicações – Meningite causada pelo vírus; surdez em um dos ouvidos; diversos tipos de inflamações (no pâncreas, na tireoide, nos nervos, nos testículos, nos ovários, no coração e nos rins); esterilidade. Raramente, o cérebro pode ficar inchado e levar ao óbito.

 

Rubéola

A rubéola é uma doença causada por um vírus e caracteriza-se por febre baixa e pequenas manchas avermelhadas na pele, que se iniciam na face, couro cabeludo e pescoço, espalhando-se para tronco e membros. Cinco a dez dias antes de aparecerem as manchas, há um aumento dos gânglios na nuca, atrás do ouvido e na parte de trás do pescoço. Adolescentes e adultos podem apresentar dor e inflamação nas articulações, conjuntivite, coriza e tosse.

Demora de 12 até 21 dias (a média é de 17 dias) para os primeiros sintomas aparecerem após a pessoa ser infectada. Entre 25% a 50% das infecções pelo vírus da Rubéola não apresentam sinais característicos da doença.

Transmissor – O ser humano.

Forma de transmissão – Pelo contato com secreções respiratórias de pessoas infectadas.

Período de transmissão – De 5 a 7 dias antes do início das manchas avermelhadas e de 5 a 7 dias após seu aparecimento.

Complicações – Gestantes que adquirem a doença até o 5º mês de gravidez podem vir a ter aborto ou o bebê pode nascer com problemas de coração, catarata, surdez e até mesmo morto.

Lembre-se: não se automedique. Sempre procure seu médico. Ele poderá indicar o melhor tratamento para que você recupere sua saúde.

Vacina contra Varicela (catapora)

Indicada para prevenir a catapora em crianças e adultos. É produzida a partir de vírus enfraquecidos que causam a doença. Crianças a partir dos 12 meses devem tomá-la e uma dose de reforço está indicada 3 meses após a primeira (este reforço não deverá ultrapassar os 24 meses de idade).

Adolescentes e adultos, sem comprovação de vacinação prévia, tomam duas doses, sendo que a segunda deve ser de 1 a 3 meses depois da primeira.

Observação: A marca de vacina GSK possibilita que crianças sejam vacinadas a partir dos 9 meses de idade (sob orientação médica). Nesse caso, duas outras doses serão necessárias após a criança completar 1 ano de idade.

A Doença

A catapora (ou varicela) é uma doença altamente cotagiosa causada por um vírus. É caracterizada por erupções na pele, manchas vermelhas arredondadas e salientes por todo o corpo, que depois se transformam em pequenas bolhas parecidas com as de queimadura, com um líquido claro dentro. Em pouco tempo, essas bolhas escurecem e em seguida viram crostas. Este ciclo se repete durante a doença.

O período entre o contágio e a manifestação da doença pode durar de 14 a 16 dias. Pacientes que estejam com baixa imunidade podem apresentar os sintomas mais cedo. Adolescentes e adultos, em geral, sofrem mais com os sintomas do que as crianças.

Transmissor – O ser humano.

Forma de transmissão – A pessoa infectada pode transmitir a doença através de gotículas que ficam espalhadas pelo ar quando ela espirra, tosse, fala ou mesmo quando respira perto de alguém. Objetos contaminados com as secreções do doente também podem transmitir a catapora. A porcentagem de contaminação através do contato com as bolhas e crostas é razoavelmente pequena.

Período de transmissão – Pode variar entre 1 e 2 dias antes da erupção até 5 dias após o surgimento do primeiro grupo de bolhas.

Complicações – A catapora ainda pode causar algumas complicações: infecções na pele que podem evoluir para uma infecção generalizada (sepse); inflamação nas articulações; problemas renais; pneumonia; problemas cardíacos; inflamação no cérebro (encefalite, meningite). O uso de ácido acetilsalicílico (AAS), principalmente por crianças, pode causar problemas neurológicos e no fígado. Em gestantes, a catapora pode causar infecção no feto, com mal formações (Síndrome da Varicela Congênita). Já as pessoas com a imunidade baixa podem desenvolver a formas de Catapora mais graves e com grande risco de morte.

Lembre-se: não se automedique. Sempre procure seu médico. Ele poderá indicar o melhor tratamento para que você recupere sua saúde.

18 MESES

Vacina contra Hepatite A

A vacina da Hepatite A é indicada para prevenir a doença causada pelo vírus A da Hepatite e é produzida a partir de vírus mortos. Pessoas a partir de 1 ano de idade já podem tomá-la.

Ela está disponível nas versões pediátrica e adulto e a idade limite para o uso dessas apresentações pode variar de acordo com o fabricante. O esquema padrão de vacinação é de duas doses, com intervalo de 6 a 12 meses entre a 1ª e a 2ª dose.

Pelo calendário de vacinação infantil, está indicada uma primeira dose com 12 meses de idade e a segunda dose aos 18 meses.

A Doença

A Hepatite A é uma doença causada por um vírus. Os sintomas são parecidos com os da gripe, porém também ocorrem alterações no fígado e a pessoa fica com as mucosas amareladas (quanto mais velha, mais chances de ficar com uma aparência amarelada). Há casos em que o paciente não desenvolve sintoma nenhum; em outros, surgem poucos sintomas e são raras as vezes em que a pessoa falece.

Dividimos a doença da seguinte forma:

Incubação (do contágio até os primeiros sintomas) – Varia de 15 a 45 dias (média de 30 dias);

Fase inicial ou pré-amarelada (pré-ictérica) – Duração média de 7 dias. Surgem: mal-estar, dores de cabeça, febre baixa, falta de apetite, fraqueza, fadiga intensa, dor nas articulações, náuseas, vômitos, desconforto abdominal (na região abaixo das costelas do lado direito), aversão a alguns alimentos e à fumaça de cigarro;
Fase do amarelado (fase ictérica) – Dura de 4 a 6 semanas. De 2 a 3 dias antes, a urina fica escura. Pode ocorrer coceira, fezes claras, aumento do fígado e do baço. A febre, a dor nas articulações e a dor de cabeça vão desaparecendo.

Recuperação – Retorno da sensação de bem-estar. A cor amarelada vai desaparecendo e as fezes e a urina voltam à sua coloração normal.

Transmissor – Principalmente o ser humano. Também primatas, como chimpanzés e saguis.

Forma de transmissão – Através das fezes contaminadas da pessoa doente que contamina a pessoa sadia através da boca (fecal-oral); por água contaminada; alimentos contaminados; no contato direto com o doente ou através de objetos contaminados. A transmissão através de ferimentos na pele e por transfusão de sangue é rara.

Período de transmissão – De 2 semanas antes do início dos sintomas até o final da segunda semana de doença.

Complicações – O prolongamento da doença por vários meses, podendo chegar a até 1 ano, é muito raro. Através dos exames TGP e TGO (transaminases) é possível controlar se as enzimas do fígado estão em níveis muito elevados. A forma mais grave da Hepatite A (fulminante) apresenta letalidade de 40% a 80%. Nesses casos, ocorre a morte de várias células do fígado (necrose), e os primeiros sinais e sintomas são brandos e inespecíficos. A pessoa fica amarelada (com icterícia) e indisposta, sua urina escurece, a coagulação do sangue fica anormal, a insuficiência do fígado instala-se entre 10 e 30 dias e o paciente entra em coma em poucos dias.

Lembre-se: não se automedique. Sempre procure seu médico. Ele poderá indicar o melhor tratamento para que você recupere sua saúde.

4-6 ANOS

Vacina Meningocócica

As vacinas meningocócicas são indicadas para a prevenção das infecções causadas pelos meningococos (bactérias) – particularmente a meningite meningocócica.

Atualmente, no Brasil, dispomos de dois tipos de vacinas meningocócicas:

Vacina meningocócica do grupo C conjugada: indicada aos 3 e 5 meses, com reforços entre 12 e 15 meses idade e entre 5 a 6 anos. Recomenda-se que os reforços sejam feitos com a vacina meningocócica A,C,W e Y e, nesse caso, uma dose de reforço aos 11 anos de idade também é recomendada.

Pessoas com mais de 1 ano recebem dose única – ela pode ser aplicada em qualquer faixa etária.

Vacina meningocócica quadrivalente (ou tetravalente conjugada): protege contra os meningococos dos grupos A, C, W e Y. Indicada para pessoas a partir de 1 ano de idade.  Em adolescentes, considerar uma dose de reforço 5 anos após a primeira dose. Em idosos, esta vacina deve ser considerada em situações de risco aumentado.

A Doença

A doença Meningocócica é uma infecção causada por uma bactéria chamada Meningococo, que pode causar doenças desde formas leves, que simula uma infecção respiratória, até formas muito graves, que são as mais comuns, com uma infecção generalizada (septicemia). Neste último caso, os sintomas são: mal estar súbito, febre alta, calafrios, prostração e pequenos pontos avermelhados na pele (alguns são semelhantes a picadas de inseto e outros, a hematomas). Os casos mais graves também podem causar uma meningite e, então, a pessoa terá os seguintes sintomas: febre, dor de cabeça intensa, náuseas, vômitos e rigidez de nuca. O paciente pode apresentar-se consciente, sonolento, torporoso ou em coma. Entre 2 até 10 dias é o tempo que leva para surgirem os primeiros sintomas (sendo a média de 3 a 4 dias).

Outra forma da doença é a meningoencefalite (inflamação do cérebro e de suas membranas), na qual ocorre a importante perda da capacidade de comunicação do paciente.

Observação: Bebês ainda amamentando apresentam um quadro diferenciado. Por isso, deve-se observar: febre, irritabilidade ou agitação, gemido de dor ao mexer em suas pernas, recusa alimentar, vômitos, convulsões e o surgimento de uma protuberância arredondada no topo da cabeça do bebê.

Transmissão – O ser humano doente ou o portador não doente.

Forma de transmissão – Contato íntimo de pessoa a pessoa (indivíduos que residem no mesmo domicílio ou que compartilhem o mesmo dormitório em internatos, quartéis, creches etc.), por meio de gotículas de saliva e outras secreções do nariz e da garganta.

Período de transmissão – É transmissível enquanto a bactéria estiver na garganta e no nariz. Em geral, ela desaparece da garganta 24 horas após o início do tratamento com antibióticos.

Complicações – As sequelas podem ser: feridas na pele (necroses), surdez, inflamação nas articulações, problemas cardíacos, paralisias, alterações no cérebro, entre outras.

Lembre-se: não se automedique. Sempre procure seu médico. Ele poderá indicar o melhor tratamento para que você recupere sua saúde.

Tríplice Bacteriana

A vacina Tríplice Bacteriana (DTP) é indicada para a prevenção da Difteria, do Tétano e da Coqueluche. Ela possui substâncias não tóxicas produzidas pela bactéria da difteria e do tétano, além da bactéria causadora da Coqueluche na forma inativada. Existem dois tipos de vacinas: uma chamada de células inteiras, de utilização mais frequente na rede publica de saúde, e outra chamada de acelular (mais purificada), utilizada na rede privada de saúde. A principal diferença entre ambas é que a vacina acelular tem menor probabilidade de causar reações adversas graves quando comparada com a vacina de células inteiras.

Esta vacina está indicada para crianças aos 2, 4 e 6 meses de idade com reforços entre 15 e 18 meses e entre 4 a 6 anos de idade. A partir deste último reforço, estão indicadas novas doses a cada 10 anos, durante toda a vida.

Para vacinação de adolescentes, adultos e idosos, utilizamos a vacina dTPa do tipo adulto, na rede privada de saúde, ou a dT (dupla tipo adulto), na rede pública. Pessoas com esquemas incompletos de vacinação (3 doses), deverão completá-lo. Estando em dia a vacinação (as 3 doses), basta apenas um reforço a cada 10 anos.

Esta vacina também minimiza a transmissão do agente causador da Coqueluche dos pais para os recém-nascidos. Assim sendo, mulheres (principalmente gestantes) devem ficar atentas à vacinação. Idosos desenvolvem com maior frequência complicações da coqueluche, portanto devem ter o calendário em dia.

A Doença

A difteria (ou crupe) é uma doença transmissível causada por uma bactéria que frequentemente se aloja nas amígdalas, faringe, laringe ou nariz e que produz placas esbranquiçadas nos locais afetados. Em pouquíssimos casos ela se aloja nos olhos, pele, ouvido, vulva, pênis (pós-circuncisão) ou cordão umbilical. Após a infecção, leva de 1 a 6 dias para surgirem os primeiros sintomas: prostração, palidez, leve dor de garganta e febre não muito alta (37,5°C – 38,5°C). Em casos mais graves, há intenso aumento do pescoço e da região da mandíbula. Se a quantidade de placas impedir a respiração, é necessário fazer uma traqueostomia – procedimento cirúrgico que faz um “furo no pescoço” para facilitar a entrada de ar – para evitar a morte. As gestantes podem passar a proteção adquirida com a vacina (anticorpos) para o bebê através da placenta, protegendo-o nos primeiros meses de vida.

Transmissor – O ser humano.

Forma de transmissão – Através de gotículas de secreção do portador da doença eliminadas por tosse, espirro ou ao falar. A transmissão por objetos recém-contaminados com secreções do doente ou de lesões em outras localizações é pouco frequente.

Período de transmissão – Em média, até 2 semanas após o início dos sintomas. Na maioria dos casos, o tratamento adequado mata a bactéria entre 24 e 48 horas. O doente não tratado pode transmitir a infecção por 6 meses ou mais.

Complicações – Inflamação do coração, inflamação nos nervos, lesões renais e insuficiência renal.

Tétano Neonatal

O tétano neonatal (também conhecido como tétano umbilical ou “mal de sete dias”) é uma doença grave, de curta duração, não contagiosa, transmitida por uma bactéria e evitável através de vacinação. Acomete o recém-nascido nos primeiros 28 dias de vida, com maior frequência na primeira semana de vida (60%) e nos primeiros quinze dias (90%). Seus sintomas são: dificuldade de sucção, irritabilidade e choro constante. Geralmente ocorre devido à falta de acesso a serviços de saúde de qualidade.

Transmissor – A bactéria contamina o solo através das fezes de humanos e de alguns animais (especialmente o cavalo). Pode estar na pele, na poeira, em espinhos de arbustos, pequenos galhos de árvores, pregos enferrujados e em instrumentos de trabalho não esterilizados. Não existe transmissão de pessoa a pessoa.

Forma de transmissão – Por contaminação: ao utilizar substâncias ou instrumentos contaminados com a bactéria durante a manipulação do cordão umbilical ou cuidados inadequados do coto umbilical (aquele último pedaço do cordão umbilical que cairá e formará o umbigo).

Complicações – Disfunção respiratória, infecções secundárias, taquicardia, crise de hipertensão arterial, parada cardíaca, inflamação do coração, complicações pulmonares, hemorragias, fraturas de vértebras, entre outras.

Tétano Acidental

O Tétano Acidental é uma infecção grave, não contagiosa, causada pela ação de toxinas produzidas por bactérias. Sintomas: febre baixa ou ausente, tônus muscular aumentado, reflexos exagerados, espasmos ou contrações musculares que se repetem, dificuldade de engolir, contração dos músculos do rosto, rigidez de nuca e da região dorsal. A rigidez muscular acaba atingindo também os músculos do abdome e o diafragma, levando à insuficiência respiratória. As contrações nos músculos geralmente são desencadeadas por estímulos luminosos, sonoros, alterações de temperatura e manipulações do doente.

Após o contágio, os sintomas demoram de 1 dia a alguns meses para aparecer, mas geralmente se manifestam entre 3 e 21 dias. Quanto mais rápido os sintomas aparecem, maior a gravidade da infecção. Na maioria das vezes, o paciente mantém-se consciente e lúcido.

Forma de transmissão – Contato da bactéria com ferimentos (superficiais ou profundos) contaminados com terra, poeira, fezes de animais ou de humanos.

Complicações – Parada respiratória e/ou cardíaca, dificuldade respiratória, infecções secundárias, crise hipertensiva, taquicardia, fratura de vértebras, hemorragias digestiva e no cérebro, inchaço do cérebro, inflamação dos vasos sanguíneos e complicações pulmonares.

Coqueluche

A coqueluche é uma doença transmissível de curta duração, causada por uma bactéria, que compromete o sistema respiratório (traqueia e brônquios) e se caracteriza por crises de tosse seca. Há períodos em que podemos ter aumentos consideráveis do número de casos (períodos epidêmicos). Os sintomas levam de 5 a 10 dias para surgir, podendo permanecer de 1 a 3 semanas e, raramente, até 42 dias. Em recém-nascidos, pode resultar em morte. A doença possui 3 fases: a catarral, a de tosse recorrente e a de restabelecimento.

Fase catarral – Dura de 1 a 2 semanas. O doente tem febre baixa, mal-estar geral, coriza e tosse seca. A tosse vai piorando e ficando mais frequente.
Fase de tosse – Dura de 2 a 6 semanas. A tosse se intensifica, pode haver febre baixa com variações de temperatura ao longo do dia. Sintomas: tosse com dificuldade de respiração; língua caída para fora da boca (como cachorro); nariz entupido; às vezes, pele arroxeada e sensação de asfixia; inspiração forçada, súbita e prolongada, acompanhada de um ruído característico (o guincho) seguido de vômitos. A tosse aumenta nas duas primeiras semanas e depois vai diminuindo. Nos intervalos das crises de tosse, o paciente passa bem.
Fase de restabelecimento – Dura de 2 a 6 semanas, às vezes se prolonga por até 3 meses. As crises de tosse desaparecem e viram tosse comum. Nessa fase, podem ocorrer outras infecções respiratórias. Há casos de indivíduos inadequadamente vacinados ou vacinados há mais de 5 anos que apresentam tosse mas, sem o guincho característico.

Transmissor – O ser humano.

Forma de transmissão – Contato direto com o doente, através de gotículas de secreção eliminadas por tosse, espirro ou ao falar. A bactéria dificilmente sobrevive fora do homem, portanto o risco de transmissão por objetos recém-contaminados é pequeno.

Período de transmissão – De 5 dias após o contato com um doente (final do período de incubação) até 3 semanas após o início dos acessos de tosse típicos da doença. Em bebês menores de 6 meses, o período de transmissão pode prolongar-se por até 4 a 6 semanas após o início da tosse. A maior transmissibilidade ocorre na fase catarral.

Imunidade – O indivíduo torna-se imune após adquirir a doença (imunidade duradoura, mas não permanente) ou após receber vacinação adequada. Em média, de 5 a 10 anos após a última dose da vacina a proteção pode declinar.

Complicações – Pneumonia; inflamação no ouvido; ativação de Tuberculose que não havia se manifestado; complicações pulmonares; ruptura de diafragma; inflamação no cérebro; convulsões; coma; hemorragias cerebrais; hemorragia na membrana que recobre o cérebro; estrabismo; surdez; sangramento no nariz e nos olhos; inchaço na face; úlcera do freio da língua; hérnias; conjuntivite; desidratação e/ou desnutrição.

Lembre-se: não se automedique. Sempre procure seu médico. Ele poderá indicar o melhor tratamento para que você recupere sua saúde.

Vacina contra a Poliomielite

A vacina indicada para a prevenção da Poliomielite (paralisia infantil) é aplicada de duas formas diferentes: por via oral e injetável. Ambas são indicadas para administração aos 2, 4 e 6 meses de vida, com reforços dos 15 aos 18 meses e entre 4 a 6 anos de idade. Todas as doses devem ser administradas corretamente para se obter a proteção desejada.

Por via Oral (Sabin): é produzida com vírus vivos e enfraquecidos. Usada apenas pela rede pública, a partir da 3ª dose recomendada.

Injetável (Salk): é produzida com vírus mortos. Usada na rede privada e na rede pública – nesta última, apenas para as 2 primeiras doses.

Campanhas de vacinação contra a Poliomielite são promovidas pelo Ministério da Saúde anualmente e recomendadas a crianças até cinco anos de idade.

A Doença

A Paralisia infantil (poliomielite ou “pólio”) é uma doença altamente contagiosa transmitida por um vírus e caracteriza-se pela paralisia repentina dos músculos. Leva de 2 a 30 dias para surgirem os sintomas. Há 3 tipos diferentes de “pólio”:

  • Infecções assintomáticas: Ocorre entre 90% a 95% dos casos. Não há sintomas específicos e sua cura é rápida.
  • Poliomielite abortiva (não completa): Ocorre em cerca de 5% dos casos e os sintomas são inespecíficos, tais como febre, dor de cabeça, tosse e coriza. Em alguns casos, pode haver a manifestação de sintomas de meningite causada pelo vírus. Nesta forma, não há paralisia dos músculos.
  • Poliomielite Paralítica: Ocorre em apenas 1% a 1,6% dos casos. Única que possui características típicas, ou seja, a paralisia dos músculos. A evolução é rápida e em até 3 dias os músculos dos membros inferiores, na maioria das vezes, subitamente se tornam flácidos. Geralmente, essa flacidez ocorre de um único lado do corpo; a sensibilidade profunda na região fica preservada, mas acabam os reflexos; falta de coordenação motora e febre são outros sintomas que podem se manifestar. Caso os músculos respiratórios e mastigatórios fiquem paralisados, haverá risco de morte do paciente. As sequelas paralíticas desta forma de doença são muito frequentes. Esta doença encontra-se erradicada no Brasil desde o início dos anos 90.

Transmissor – O ser humano.

Forma de transmissão – Através de gotículas de secreção do doente ao falar, tossir, espirrar e também por objetos, alimentos e água contaminados com fezes de doentes ou de portadores.

Período de transmissão – Das primeiras horas após a infecção a até 1 semana o vírus pode ser encontrado nas secreções do nariz e da garganta. Através das fezes, a transmissão pode variar de 3 a 6 semanas após o contágio.

Complicações – Sequelas paralíticas; parada respiratória devido à paralisia muscular.

Lembre-se: não se automedique. Sempre procure seu médico. Ele poderá indicar o melhor tratamento para que você recupere sua saúde.

9-10 ANOS

O que é a vacina contra o HPV?

É uma vacina desenvolvida a partir de partículas semelhantes ao vírus do HPV, desprovida de material genético, portanto sem o risco de causar doença, e tem objetivo de prevenir a infecção por HPV e, dessa forma, reduzir o número de pacientes que venham a desenvolver lesões causadas por esta infecção.

A Doença

O HPV é uma doença sexualmente transmissível que atinge homens e mulheres e pode estar relacionada a alguns tipos de câncer bem como verrugas genitais. Existem mais de 200 tipos de HPV , e alguns deles são responsáveis por câncer de colo do útero, garganta, boca, vagina, anus e pênis. – Os tipos 16 e 18 de HPV são responsáveis por 70% dos casos de câncer de colo de útero;
– Os tipos de HPV 6 e 11 correspondem 90% das verrugas genitais;

Vacina contra a Febre Amarela

A vacina que previne a Febre Amarela é produzida a partir dos vírus causadores da doença, mas que são atenuados (enfraquecidos) para que não causem a doença. Ela é indicada a partir dos 9 meses de idade para moradores ou pessoas que visitam áreas de risco. Após a aplicação são necessários 10 dias para que a vacina produza a proteção desejada.

Esquema de vacinação:

Crianças de 9 meses até 4 anos: administrar uma dose aos 9 meses e uma segunda dose de reforço aos 4 anos de idade.

Maiores de 5 anos de idade recebem uma dose e um reforço após 10 anos da primeira dose. São consideradas protegidas todas as pessoas, maiores de 5 anos, que já tenham recebido duas doses da vacina.

Na vacinação em maiores de 60 anos deve ser considerado o risco / benefício por parte do médico.

É recomendada a vacinação para:

Moradores, viajantes ou pessoas que se desloquem para uma área em que haja casos da doença;

Viajantes que se dirijam a algum país que exija um Certificado Internacional de Vacinação;

Pessoas que manipulam material potencialmente infectado (ex.: técnicos de laboratório).

Observação: Ainda há várias regiões do Brasil em que existe risco de casos de febre amarela (Região Norte, Região Centro Oeste, parte da Região Sul, parte da Região Sudeste e alguns estados do Nordeste). Por isso, é indicado tomar a vacina.

A Doença

A Febre Amarela é causada por um vírus e transmitida por um mosquito. Ela dura no máximo 12 dias, sendo que os primeiros sintomas podem aparecer entre 3 a 6 dias após a picada. São eles: febre alta, calafrios, fortes dores de cabeça, dores musculares, prostração, náuseas e vômitos. Estes sintomas duram em média 3 dias. Após este período, a febre tende a baixar e os outros sintomas vão se amenizando, o que pode durar algumas horas ou até 2 dias. Este é um momento crítico porque, a partir daí, a pessoa pode ficar curada ou desenvolver a forma grave da doença, que pode levar à morte.

Na forma grave, há um aumento da febre, diarreia, vômitos (com aspecto de borra de café); insuficiência hepática (do fígado) e renal; a pessoa fica amarelada; elimina pouca quantidade de urina e tem prostração intensa. Ela pode apresentar sangramento através da urina, fezes, vômitos, pelo nariz, boca e cérebro. Há também a possibilidade do doente ter confusão mental, não reconhecendo pessoas e lugares – esta situação pode evoluir para o coma.

Transmissor e forma de transmissão – há dois tipos de Febre Amarela:

Febre Amarela Urbana (FAU): é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti e seus hospedeiros são os homens (homem doente -> mosquito -> homem sadio)
Febre Amarela Silvestre (FAS): é transmitida por um mosquito silvestre diretamente para um macaco (macaco doente -> mosquito -> macaco sadio). Quando o homem entra em uma região de mata pode ser picado pelo mosquito que picou um macaco doente e, a partir daí, desenvolver a doença.

Período de transmissão – O sangue do doente pode transmitir a doença de 24 a 48 horas antes de aparecerem os primeiros sintomas e de 3 a 5 dias após seu início.

Atenção: O mosquito transmissor da Febre Amarela Urbana (Aedes Aegypti) também transmite a Dengue. Por isso, é importante eliminarmos os criadouros. Assim podemos evitar 2 tipos de doença.

Curiosidades sobre o mosquito:

É sempre a fêmea do mosquito quem pica a pessoa e transmite a doença.
Após picar uma pessoa já infectada, o mosquito leva entre 9 a 12 dias para se tornar transmissor da febre amarela e até o fim de sua vida transmitirá a doença.

Lembre-se: não se automedique. Sempre procure seu médico. Ele poderá indicar o melhor tratamento para que você recupere sua saúde.

Vacina contra a Dengue

A vacina é divida em três doses – uma a cada seis meses. Essa divisão é necessária pois a primeira dose ativa os anticorpos, mas nem sempre é suficiente para a proteção.

O medicamento tem poder de proteção contra os quatro tipos de vírus da dengue e usa parte da estrutura do vírus da febre amarela para a imunização. Por isso, ele pode causar efeitos colaterais como dores de cabeça, febre e indisposição.

A vacina é indicada para pacientes entre nove e 45 anos. A eficácia global da vacina é de 66% em pacientes entre os nove e os 45 anos. Em comparação, apenas 44,6% dos participantes com idade inferior aos nove anos ficaram protegidos contra a doença.

Outro grupo que pode se beneficiar é aquele que já foi infectado pelo vírus da dengue. Os testes feitos no estudo mostraram maior efeito com esse tipo de paciente. Além disso, quatro em cada cinco voluntários brasileiros apresentaram sorologia positiva para dengue. Isso não significa que eles tiveram sintomas da doença, mas que já foram infectados pelo vírus. Esse é um sinal de que a vacina pode ter bons resultados na população brasileira.

A imunização contra a dengue ainda não é recomendada para grávidas, lactantes e pessoas com doenças imunológicas.

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